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Investigadores dos EUA ligam Coreia do Norte ao ciberataque contra Sony

Segundo jornal, funcionários ainda avaliam se a Casa Branca vai denunciar regime comunista

Por Da Redação
17 dez 2014, 21h10

Investigadores do setor de inteligência dos EUA concluíram que o governo da Coreia do Norte está “profundamente envolvida” no ciberataque aos computadores do Estúdio Sony, informa uma reportagem do jornal The New York Times. Nas últimas semanas o estúdio teve dados e arquivos de filmes ainda inéditos vazados na internet, o que acabou provocando prejuízo de milhões de dólares e arranhou a imagem da empresa.

A Coreia do Norte se tornou a principal suspeita pelos ataques por causa dos planos da Sony de lançar uma comédia que envolve o assassinato do ditador Kim Jong-un, O país asiático reclamou publicamente do filme e chegou a pedir que ele não fosse lançado. Pouco depois, começou o ciberataque ao Estúdio Sony, baseado nos EUA. Oficialmente, o governo norte-coreano nega envolvimento no caso, mas comemorou publicamente os ataques à rede do estúdio.

Os investigadores, que não tiveram os nomes revelados, afirmaram que a Casa Branca ainda está analisando o que fazer com a descoberta e se o governo americano vai denunciar publicamente a Coreia do Norte pelos ataques, classificados como uma “campanha de ciberterrorismo. Além de provocar os vazamentos, os hackers ameaçaram atacar os cinemas que exibirem o filme A Entrevista, com um ‘novo 11 de setembro’. Após várias redes de cinemas dos EUA decidirem cancelar exibições, a Sony decidiu adiar a estreia do filme no país, que estava originalmente programada para 25 de dezembro.

De acordo com o NYT, o caso gera uma série de dúvidas sobre como responder a Pyongyang. Alguns funcionários da administração Obama defendem confrontar o regime comunista de Kim, mas isso levanta questões sobre as consequências do ato. Os funcionários também estão calculando até que ponto poderão provar que a Coreia do Norte está por trás do ataque sem revelar detalhes sobre como os americanos penetraram nas redes do país asiático para rastrear a origem do ciberataque.

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Outros funcionários argumentam que uma acusação direta pode ajudar a escalar um novo conflito com o regime, dando munição para que os norte-coreanos busquem um novo confronto, como é costume deles.

Cartaz do filme The Interview
Cartaz do filme The Interview (VEJA)

Os japoneses, país de origem da Sony, argumentaram que uma acusação direta pode interferir nos esforços diplomáticos que estão sendo feitos com Pyongyang para a devolução de vários reféns japoneses que estão na Coreia do Norte.

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Além disso, a investigação sobre a origem do ciberataque não foi concluída. Apesar de terem rastreado a Coreia como a mandante e a executora do ataque, os investigadores ainda tentam determinar se os comunistas tiveram alguma assistência de funcionários da própria Sony, que tinham conhecimento detalhado sobre as redes do estúdio.

A Coreia do Norte começou a reclamar do filme em julho. Uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, por Ja Song Nam, embaixador do país, declarava que o filme era um “ato de guerra” dos Estados Unidos. O país também havia pedido que os envolvidos na produção do longa-metragem fossem punidos.

Em novembro, o site da Sony passou a ser alvo de ataques que desligaram a maior parte da rede interna por mais de uma semana, com hackers divulgando dados confidenciais pela Internet, incluindo o salário de funcionários, e-mails indiscretos contendo opiniões pouco favoráveis sobre vários atpres e versões em alta qualidade de vários filmes inéditos.

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