Guantánamo deve ser fechada antes do fim do mandato de Obama

Informação é do secretário de Defesa dos Estados Unidos e chefe do Pentágono, Ashton Carter

Por Da Redação
20 ago 2015, 21h21

Guarda caminha através de um bloco de celas na prisão da base naval dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo, em Cuba (Bob Strong/Reuters)

A prisão militar na Baía de Guantánamo deve ser fechada antes do final do mandato do presidente Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira Ashton Carter, chefe do Pentágono. Segundo ele, o local se tornou um “grito de guerra para a propaganda jihadista”. “Isto não é algo, na minha opinião, que deveríamos deixar para o próximo presidente”, disse Carter aos jornalistas no Pentágono.

Carter afirmou que equipes do Departamento da Defesa têm visitado centros de detenção nos Estados Unidos para identificar prisões alternativas e avaliar os investimentos necessários para torná-los adequados para manter os prisioneiros de Guantánamo.

“Enquanto este centro de detenção permanecer aberto, continuará sendo um grito de guerra para a propaganda jihadista”, disse Carter. “É caro e não é algo que o presidente queira deixar ao seu sucessor”, prosseguiu.

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Qualquer transferência de prisioneiros para locais dentro dos Estados Unidos vai encontrar resistência no Congresso, mas Carter disse que seu departamento está trabalhando para apresentar um plano concreto aos legisladores.

Reação – O esforço do Departamento de Defesa já provocou oposição entre os políticos de Kansas e Carolina do Sul, dois dos Estados onde estão as prisões visitadas. “Não vamos permitir nenhum terrorista aqui”, disse o republicano Nikki Haley, governador da Carolina do Sul. No Kansas, o senador republicano Pat Roberts ameaçou atrasar a nomeação do próximo secretário do Exército se o plano de transferir presos para o Estado se mantiver.

Atualmente, 116 presos estão detidos em Guantánamo. Os Estados Unidos estudam liberar 52 deles se encontrarem um país para acolhê-los. O restante é considerado perigoso demais para ser solto.

(Com AFP e Reuters)