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Funcionário da ONU é suspenso por divulgar abuso sexual de crianças por tropas francesas

O relatório que reportava os ataques ocorridos na República Centro-Africana foi entregue a autoridades da França após a omissão das Nações Unidas, reporta o 'The Guardian'

Por Da Redação
29 abr 2015, 15h40

Um funcionário da Organização das Nações Unidas foi suspenso por divulgar um relatório interno que denuncia o abuso sexual de crianças por tropas de paz francesas na República Centro-Africana, revelou o jornal britânico The Guardian. Anders Kompass revelou o documento para as autoridades da França após a ONU falhar em tomar providências sobre o caso.

O relatório confidencial trazia detalhes dos estupros de meninos em um centro para pessoas deslocadas em Bangui, capital da República Centro-Africana, entre dezembro de 2013 e junho de 2014. As entrevistas com as vítimas dos abusos aconteceram no ano passado, e foram realizadas por um membro do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos e um especialista da Unicef, a agência da ONU para a proteção de menores. As crianças ouvidas representam apenas uma parcela das potenciais vítimas.

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Os jovens descreveram que foram explorados sexualmente em troca de comida e dinheiro. Um dos garotos ouvidos, de apenas 9 anos, contou que ele e um amigo foram abusados por dois soldados franceses em um posto de controle, quando procuravam algo para comer. O relatório retrata a angústia do menino, que fugiu do acampamento após o ataque.

Kompass, que trabalhava em Genebra, foi suspenso de seu cargo de diretor de operações na semana passada, acusado pelo vazamento das informações e por não seguir o protocolo e enfrenta a possibilidade de demissão. O caso do funcionário, envolvido com o trabalho humanitário há mais de 30 anos, foi tratado com o conhecimento de autoridades da ONU, incluindo Zeid Ra’ad Al Hussein, o alto comissário para os Direitos Humanos, e Susana Malcorra, chefe de gabinete das Nações Unidas, de acordo com os documentos oficiais obtidos pelo jornal britânico.

O Guardian teve acesso ao relatório interno por meio da advogada do grupo Aids Free World, que está exigindo a formação de uma comissão independente para avaliar a forma como a ONU lidou com os dados obtidos. Em meados de 2014, o documento foi entregue para os funcionários do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humano em Genebra e, como não houve nenhum tipo de resposta do órgão, Kompass enviou o relatório às autoridades francesas, que visitaram Bangui e abriram uma investigação.

(Da redação)

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