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Eleições na Grécia avançam de forma tranquila, mas marcadas pela desesperança

Por Da Redação
20 set 2015, 10h20

A Grécia realiza neste domingo a segunda eleição antecipada do ano em um ambiente tranquilo, mas marcado pela desesperança da população.

Apesar de incidentes pontuais no início da manhã, quando grupos picharam as sedes do Syriza e do Nova Democracia, o pleito transcorre com normalidade em todo país, afirmou a primeira-ministra do governo interno, Vasiliki Zanu, após votar em Atenas.

Na Grécia, os índices de participação popular nas eleições não são divulgados, mas os analistas apontam que pode haver uma grande abstenção.

Duas horas depois da abertura das seções eleitorais, grande parte dos eleitores que tinha ido às urnas era idoso.

“Eu, claro, não votei. Acho que muita gente também não. Para quê? São todos iguais, todos palhaços que nos contam as mesmas mentiras há anos. Que entreguem o país de uma vez à Alemanha, e tenhamos uma festa em paz”, afirmou um indignado taxista, de 42 anos, lamentando não ver um futuro próspero para sua família.

A situação é bem diferente do ambiente vivido há apenas oito meses, quando o Syriza era o favorito de todas as pesquisas e venceu o pleito com grande vantagem. O ex-primeiro-ministro e mais uma vez candidato pelo partido esquerdista, Alexis Tsipras, era visto por muitos como esperança para enfrentar a Europa e colocar o país no rumo correto.

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Agora, o líder do Syriza perdeu a aura de salvador da pátria, algo que ele próprio deixou visível no momento de votar.

Dez minutos depois da hora anunciada, Tsipras chegou a sua seção eleitoral, onde desta vez foi recebido por um pequeno grupo de apoiadores e jornalistas, número muito menor do que nas duas vezes que concorreu ao cargo de primeiro-ministro.

Segundo números da Secretaria de Comunicação da Grécia, há 214 jornalistas estrangeiros credenciados para cobrir as eleições no país, menos da metade registrada nos dois últimos pleitos.

Sofia, uma professora de 40 anos, estava entre os simpatizantes que foram mostrar seu apoio a Tsipras.

Ela defende que o governo do Syriza não teve outra opção além de assinar o terceiro resgate devido à grave situação social, e garante que segue confiando no ex-primeiro-ministro porque ele é o único que coloca o povo à frente das decisões do governo.

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A opinião é compartilhada por Eleftheria, uma jovem estudante de Economia, que afirmou que é importante que as pessoas compareçam às urnas porque “esses dias são muito críticos para a Grécia”.

“A diferença agora é que, apesar de termos perdido nas negociações (com os credores internacionais), não devemos nos render. Podemos conseguir melhores termos e condições que tenham nossa visão política”, defendeu a eleitora de Tsipras.

Outros, como Pandelis e Spyros, ambos engenheiros, desejam um partido antiausteridade, que se posicione contra a aplicação do programa de resgate firmado pelo ex-primeiro-ministro.

“Não tenho nenhuma esperança que a situação mude após as eleições. O último governo nos traiu”, afirmou Pandelis, de 52 anos.

As urnas serão fechadas às 19h locais (13h Brasília), quando também serão divulgadas as pesquisas de boca de urna. Os primeiros resultados da apuração serão publicados duas horas depois.

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(Com agência EFE)

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