Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Egito impede entrada de dois funcionários do HRW no país

Diretores da organização iriam participar de uma discussão sobre o assassinato de manifestantes durante os protestos a deposição de Mohamed Mursi

Por Da Redação
11 ago 2014, 18h55

Dois altos funcionários do grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) foram impedidos de entrar no Egito pelo governo do país. Em um comunicado emitido nesta segunda-feira, a organização afirma que o diretor-executivo Kenneth Roth e a diretora para Oriente Médio e Norte da África, Sarah Leah Whitson, não foram autorizados a entrar no país para participar da publicação de um relatório de 188 páginas sobre os assassinatos de milhares de manifestantes cometidos pelas forças de segurança locais. Os crimes foram cometidos durante as manifestações contrárias ao golpe de Estado declarado pelo atual presidente, o marechal Abdel Fattah Sisi.

Leia também:

Explosões no metrô do Cairo deixam cinco feridos

Corte egípcia condena jornalistas da Al Jazeera à prisão

Continua após a publicidade

Atentados e confrontos marcam 1 ano da deposição de Mursi

“Nós viemos ao Egito para publicar um relatório sério sobre uma questão séria que merece séria atenção do governo egípcio. Em vez de negar que a mensagem entre no Egito, as autoridades egípcias deveriam considerar seriamente nossas conclusões e recomendações e respondê-las com ações construtivas”, declarou Roth. O HRW salientou que a segurança do Aeroporto Internacional do Cairo não forneceu nenhuma explicação sobre o veto à entrada dos diretores. Trata-se da primeira vez que autoridades egípcias negam a visita de funcionários da organização.

“Parece que o governo egípcio não tem disposição para enfrentar a realidade desses abusos e muito menos que os responsáveis prestem contas”, acrescentou Roth. O relatório, intitulado “Tudo de acordo com o plano: o massacre de manifestantes egípcios em Rabaa”, aborda as circunstâncias das mortes que ocorreram próximas à mesquita Rabaa al Adawiya, no Cairo. Na ocasião, manifestantes partidários do presidente deposto, Mohamed Mursi, e do grupo fundamentalista Irmandade Muçulmana se reuniram na região para pedir a anulação do golpe militar de Sisi. Em seis protestos realizados entre julho e agosto do ano passado, 1.150 pessoas foram mortas pelas forças de segurança do Egito, sendo que nenhuma autoridade foi levada à Justiça para responder por abusos cometidos durante a repressão.

Continua após a publicidade

No início do ano, o HRW fechou seu escritório no Cairo devido à deterioração da segurança e da situação política no país. A medida foi tomada após o governo impor uma série de restrições às organizações governamentais estabelecidas no Egito. Também foi proibida a realização de protestos civis sem a autorização dos órgãos oficiais do governo.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.