Defesa vai alegar doença mental para evitar execução de brasileiro

Segundo leis da Indonésia, a pena de morte não se aplica aos doentes mentais. Não há mais recursos para Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado por tráfico

Por Da Redação
19 jan 2015, 07h31

**1/9** Ambulância carregando o corpo do brasileiro Marco Archer, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, deixa a ilha de Nusa Kambangan - 17/01/2015 *(Antara Foto/Idhad Zakaria/Reuters)*

**2/9** Em vídeo divulgado por emissora televisiva local, parentes do brasileiro Marco Archer, que deve ser executado na Indonésia, chegam à prisão para última visita - 17/01/2015 *(Tv One/Reprodução)*

**3/9** Algemado, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira ao lado de seu advogado *(VEJA.com/Divulgação)*

**4/9** Comboio de ambulâncias carregando caixões chegam à ilha de Nusa Kambangan, na Indonésia, onde deve acontecer a execução de seis condenados por tráfico de drogas no país - 17/01/2015 *(Antara Foto/Idhad Zakaria/Reuters)*

**5/9** Policiais da Indonésia durante preparação de segurança para provável execução de seis condenados à morte por tráfico de drogas no país - 17/01/2015 *(EPA/BAYU NUR/EFE)*

**6/9** Guardas e policiais durante preparação de segurança para provável execução de seis condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia, dentre eles o brasileiro Marco Archer - 17/01/2015 *(EPA/BAYU NUR/EFE)*

**7/9** O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira sentado em uma cela na corte de Tangerang, perto de Jacarta. Um tribunal indonésio condenou Moreira à morte por tráfico de drogas - 08/06/2004 *(Beawiharta BEA/TW/Reuters)*

**8/9** O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte na Indonésia *(Reprodução/Facebook/VEJA)*

**9/9** Marco Archer, preso por tráfico de drogas, durante coletiva de imprensa em 2003 na Indonésia *(SETIYO SC/EFE)*

O advogado do brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia, vai tentar interná-lo num hospital psiquiátrico para evitar sua execução. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, Utomo Karim, advogado pago pelo governo brasileiro para defender Gularte, afirma que a lei da Indonésia veta a pena de morte para doentes mentais.

O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia, condição atestada por um médico da Indonésia, mas se recusa a ser internado. Segundo o jornal, o advogado garantiu que sua estratégia não se trata de uma simples tese. Karim ouviu do porta-voz da Procuradoria-Geral – órgão responsável pelas execuções – que se a esquizofrenia fosse comprovada, o cumprimento da pena de morte seria adiado.

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O brasileiro foi preso em 2004 no aeroporto de Jacarta tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína escondidos dentro de uma prancha de surfe. De acordo com a Folha, Cardoso Moreira nunca escondeu que era um traficante de drogas, e Gularte era “mula” – pessoa que recebe dinheiro para carregar entorpecentes de um lugar para outro. Ele está detido na prisão de segurança máxima de Pasir Putih (areia branca, em português), em Nusakambangan, principal ilha do arquipélago da Indonésia. Cardoso Moreira também estava no mesmo local, mas, segundo o jornal, ambos não se falavam.

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