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Corrida contra o tempo para salvar japoneses reféns do EI

Jihadistas cobram US$ 200 mi pela vida dos reféns. Especialistas japoneses apontam indícios de que o vídeo pedindo o resgate pode ter sido manipulado

Por Da Redação
21 jan 2015, 07h33

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou nesta quarta-feira que seu governo trava uma corrida contra o tempo diante do desafio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que ameaçou matar em um prazo de 72 horas (48 horas a partir de hoje) dois reféns japoneses se não for pago um resgate de 200 milhões de dólares (mais de 500 milhões de reais). “É uma corrida contra o tempo muito dura, mas o governo fará todo o possível”, disse Abe aos jornalistas antes de presidir uma reunião de crise. “Ordenei ao governo que utilize todos os canais diplomáticos e caminhos possíveis” para “garantir a libertação das duas pessoas”, afirmou.

Vídeo suspeito – Segundo os analistas japoneses, existem elementos que insinuam que as imagens do vídeo divulgado pelos jihadistas poderiam ter sido manipuladas como a pouca iluminação e a rigidez das expressões dos rostos dos reféns. No vídeo, os dois sequestrados, identificados como Haruna Yukawa e Kenji Goto, aparecem ajoelhados e vestidos com um macacão laranja que já é frequente nos filmes do grupo. Junto a eles aparece um combatente encapuzado que exige em inglês com acento britânico ao primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, o resgate e o culpa por ter oferecido 200 milhões de dólares de ajuda aos países que colaborem na luta contra o EI.

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Para o professor associado da Universidade Politécnica de Tóquio, Tsuyoshi Moriyama, especialista em processamento de dados de imagens, isto sugere que pode ser uma combinação de cenas gravadas separadamente. Moriyama apontou à emissora pública NHK que a sombra do jornalista Kenji Goto – situado à esquerda na imagem – se encontra no lado direito, enquanto a do outro refém, Yukawa, está à esquerda, um efeito incomum se o vídeo tivesse sido gravado com luz natural.

O especialista considerou que há uma diferença na forma de ondear dos dois macacões laranjas, e que surpreende a expressão inalterável de ambos homens apesar de ter um mascarado após eles brandindo uma faca, pois as pessoas costumam reagir de algum modo quando se sentem ameaçadas. “Há algo muito raro para ser uma gravação no exterior”, concordou o especialista em informática Shojiro Kuroda. “Poderia ser uma montagem com as gravações de cada um juntos e uma imagem à parte do deserto”, disse Kuroda ao jornal Asahi Shinbum.

(Com agências France-Presse e EFE)

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