Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Colombianos veem perspectiva de paz com elogios e pessimismo

O governo informou que um acordo pode elevar o PIB em até 2% porque a economia se expandirá por áreas hoje sob controle rebelde e cessarão os ataques à infraestrutura

Por Da Redação
24 set 2015, 10h03

A promessa do governo colombiano e rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de acabar com a guerra mais longa da América Latina em março provocou tanto aplausos como ceticismo em uma população escaldada por 51 anos de mortes, desaparecimentos e danos à economia. Reunidos pela primeira vez na quarta-feira à noite, o presidente Juan Manuel Santos e o líder guerrilheiro Rodrigo Londoño, mais conhecido como Timochenko, apertaram as mãos ao firmarem um acordo para alcançar a paz no prazo de seis meses e desarmar os rebeldes 60 dias depois.

Eles concordaram com a criação de um tribunal especial para julgar os piores crimes do conflito de 51 anos, de abuso sexual e sequestro à tortura e execuções, e mais a concessão de uma possível anistia para outros combatentes. “Ver o presidente apertando as mãos de Timochenko é um sinal de que desta vez é possível assinar um acordo de paz”, disse a enfermeira Patricia Vargas, de 33 anos, referindo-se às fracassadas tentativas no passado para alcançar a paz. “Custou-nos muito”, completou.

Leia também

Acordo de paz com as Farc sai em até 6 meses, diz presidente da Colômbia

Venezuela e Colômbia chegam a acordo para resolver crise

Continua após a publicidade

‘Narcos’ da vida real: A ostentação dos traficantes exibida no Instagram

Mas em meio a aplausos, que também vieram dos Estados Unidos, União Europeia e do Vaticano, Santos também deve enfrentar críticas internas dos que consideram que ele está sendo “mole” com as Farc depois de um conflito que deixou 220.000 mortos e milhões de deslocados. Formadas em 1964 como um movimento de inspiração marxista em prol dos direitos dos camponeses, as Farc perderam apoio popular ao longo dos anos violentos que se seguiram, especialmente à medida que se envolviam cada vez mais com o tráfico de drogas no país, produtor de cocaína.

“Eles se renderam às Farc”, lamentou o aposentado Alfonso Llana, passeando por um parque de Bogotá com a esposa, assim que se espalharam as notícias da reunião de Santos e Timochenko em Havana. “Se a paz significa que eles vão parar de atirar, isso provavelmente vai acontecer, mas não acho que o conflito vá terminar aí”, acrescentou Llana, expressando um amplo temor de que ex-rebeldes se reagrupem em gangues em vez de se inserirem na sociedade e procurarem empregos. O governo informou que um acordo pode elevar o PIB em até 2% porque a economia se expandirá por áreas hoje sob controle rebelde e cessarão os ataques à infraestrutura.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.