Coalizão lança novos ataques no Iêmen horas antes de trégua
A suspensão dos combates por cinco dias para a ajuda humanitária aos civis está prevista para começar às 17h00 (de Brasília) desta terça-feira
Aviões da coalizão liderada pela Arábia Saudita lançaram nesta terça-feira vários ataques contra quartéis militares controlados pelos rebeldes xiitas houthis em Sana, a capital do Iêmen, horas antes do início de uma trégua humanitária, prevista para as 23h00 locais (17h00 de Brasília). Os bombardeios foram contra o quartel da Primeira Brigada de Blindados e o quartel de Manutenção Militar, que se encontram próximos do bairro Al-Nahda, no norte da capital iemenita. Também foi alvo dos ataques da coalizão, composta principalmente por países árabes muçulmanos, o quartel de Transmissões do Exército, próximo ao bairro de Al Hisba. Até o momento, não há informações sobre vítimas.
Colunas de fumaça podem ser vistas nos locais bombardeados de vários quilômetros de distância. No dia 26 de março, a Arábia Saudita e outros países árabes declararam guerra contra as milícias houthis do Iêmen. Os rebeldes tomaram o controle do país e derrubaram o presidente, Abd Rabbo Mansour Hadi, que se encontra refugiado em território saudita desde o fim de março. No último domingo, os houthis aceitaram uma proposta da Arábia Saudita de cessar-fogo humanitário de cinco dias, que deve começar esta noite.
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Nesta segunda, um caça F-16 marroquino caiu durante uma missão da coalizão, disse um porta-voz militar saudita nesta segunda-feira, enquanto que a milícia rebelde houthi disse ter abatido a aeronave. Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita atingiram bases militares e armazéns de armas na capital iemenita, Sana, na noite desta segunda.
Apoiada por Washington, a coalizão liderada por Riad tem bombardeado rebeldes houthis e unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh desde 26 de março, com o objetivo de restaurar o presidente exilado no poder. Os laços dos xiitas houthis com o Irã, considerado um antagonista regional, provocaram os Estados do Golfo Árabe, ao passo que os rebeldes permanecem a maior força na guerra civil do Iêmen. A Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, considera o avanço dos houthis uma grave ameaça para a estabilidade regional.
(Da redação)