Ao menos dezesseis pessoas, entre elas quatro enfermeiras de nacionalidade indiana, morreram em um ataque lançado nesta sexta-feira por homens armados contra um asilo de idosos de Áden, no sul do Iêmen. O comando, integrado por quatro indivíduos, matou o guarda do local e abriu fogo indiscriminadamente contra os residentes. Dezenas de familiares de pessoas que vivem nesta instituição se dirigiram ao local, situado no distrito Xeque Othman, após terem notícias do massacre.
Um funcionário atribuiu o ataque a extremistas da organização Estado Islâmico (EI), que nos últimos tempos ganhou espaço na cidade, a principal do sul deste país situado a sudoeste da Península Arábica. Nenhum grupo reivindicou até o momento o ataque, o primeiro deste tipo no país. O governo do Iêmen reconhecido pela comunidade internacional enfrenta ao mesmo tempo uma rebelião xiita apoiada pelo Irã e grupos jihadistas com crescente frequência.
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O presidente Abd Rabbo Mansur Hadi instaurou provisoriamente seu governo em Áden depois que a capital do país, Sanaa, caiu nas mãos de xiitas houthis e de seus aliados em setembro de 2014. Mansur Hadi conta com o apoio de uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, o que não impede a Al Qaeda e o EI de aumentar seus ataques em Áden. No entanto, estes ataques se concentraram até agora em alvos militares da coalizão ou das forças governamentais.
Na segunda-feira desta semana, um suicida dirigindo um carro-bomba detonou seus explosivos em um local de reunião de forças leais ao governo, também no distrito de Xeque Othman, matando quatro pessoas e ferindo cinco. Em 17 de fevereiro, um suicida matou catorze soldados. Este atentado foi reivindicado pelo EI.
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(Com agência France-Presse)