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Mais um funcionário alemão é suspeito de espionar para os EUA

Novo caso envolve Ministério da Defesa e irrita aliados de Merkel

Por Da Redação
9 jul 2014, 19h59

A Alemanha está investigando um novo caso de espionagem envolvendo um funcionário do governo. Desta vez, o espião é alguém ligado ao Exército e que trabalha para o Ministério da Defesa. O caso vem à tona menos de uma semana depois de as autoridades alemãs anunciarem a prisão de um agente duplo do Serviço de Inteligência Federal (BND, na sigla em alemão), que atuava para a inteligência americana. O novo espião também atuaria à serviço dos Estados Unidos.

Nesta quarta, promotores federais realizaram buscas em uma residência e em escritórios em Berlim, mas ninguém foi detido, segundo o jornal Süddeutsche Zeitung. A reportagem afirma ainda que o novo caso de espionagem é considerado mais sério que o anterior, por envolver questões de defesa nacional.

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A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na segunda-feira que, caso seja verdade que o oficial do BDN estava espionando para os Estados Unidos, um aliado da Alemanha, este seria um caso “muito grave”. Políticos aliados da chanceler reagiram com irritação à informação sobre um novo caso de espionagem e defenderam que Washington retire todos os funcionários de sua embaixada que estiverem envolvidos no caso e pare de espionar países amigos.

Yasmin Fahimi, secretária-geral do Partido Social-Democrata, que divide o poder com os conservadores de Merkel, exigiu a “remoção imediata da embaixada da equipe envolvida no caso e a interrupção de toda espionagem contra o nosso país”. A ministra da Defesa Ursula Von der Leyen, que é da União Democrata-Cristã da chanceler, disse que o escândalo envolvendo a Agência Nacional de Segurança (NSA) “abalou a confiança” nos Estados Unidos e que é necessário deixar claro para a comunidade de inteligência que “nem tudo é possível e politicamente aceitável”.

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Depois da prisão do funcionário do BND, o governo alemão convocou o embaixador americano em Berlim para prestar esclarecimentos. John B. Emerson compareceu ao encontro na terça-feira, mas não foram divulgados detalhes sobre a reunião. Segundo informações da revista Der Spiegel, o diretor da CIA, John Brennan, ligou pessoalmente ao coordenador do serviço secreto alemão, Klaus-Peter Fritsche, para tentar “minimizar os danos” provocados pela existência do agente duplo.

As relações entre Berlim e Washington estão abaladas desde que o ex-analista de inteligência Edward Snowden vazou documentos secretos sobre os programas de espionagem americanos que tiveram como alvo até mesmo líderes de países aliados, como Merkel, que teve um celular grampeado. O agente do BND é suspeito de repassar mais de 200 documentos para a NSA, em troca de 25.000 euros. Os documentos eram exatamente de uma comissão parlamentar formada para investigar a atuação da agência americana na Alemanha.

(Com agências EFE, Reuters e France-Presse)

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