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Venezuela expulsa americano acusado de conspiração

Cineasta foi preso depois das eleições presidenciais, acusado de envolvimento em planos para ‘desestabilizar o país’. Para EUA, alegações são 'ridículas'

Por Da Redação
5 jun 2013, 12h08

A Venezuela expulsou um cineasta americano detido em abril acusado de ser um espião trabalhando para Washington. A informação foi divulgada pelo ministro da Justiça e do Interior, Miguel Rodriguez Torres, por meio de sua conta no Twitter. “O gringo Timothy Hallet Tracy, capturado fazendo espionagem em nosso país, foi expulso do território nacional”, escreveu. O advogado do americano, Daniel Rosales, disse a uma afiliada da rede americana CNN que Tracy foi libertado da prisão porque não havia provas contra ele.

O governo americano considerou “ridículas” as acusações contra o americano, de 35 anos. Grupos de defesa da liberdade de imprensa também se manifestaram a favor de Tracy, negando que ele estivesse envolvido em ações contra o governo venezuelano. “Fazer um vídeo não é prova de participação no que o governo chama de ‘atos de desestabilização’. Cabe à polícia e às autoridades judiciais investigar os fatos, não ao governo apontar Tracy como culpado desde o início”, afirmou a organização Repórteres sem Fronteiras, quando o americano foi preso no aeroporto da capital Caracas, quando se preparava para deixar o país.

A família de Tracy afirma que ele fazia um documentário sobre a polarização política na Venezuela, antes das eleições presidenciais de 14 de abril, vencidas por Nicolás Maduro, herdeiro político do coronel Hugo Chávez. Tracy foi detido dias depois da eleição, vencida por Maduro por uma margem irrisória, mesmo depois de utilizar toda a máquina estatal a seu favor, como sempre fez o caudilho Chávez. A oposição, liderada por Henrique Capriles, apontou irregularidades no processo e contestou judicialmente o resultado – atitude inócua, já que a Justiça do país, inclusive a eleitoral, é subserviente aos interesses do chavismo. Protestos tomaram as ruas de Caracas depois do pleito e houve mortes entre os manifestantes. O oficialismo venezuelano culpou a direita pelos distúrbios e afirmou que o americano estaria vinculado a atos de violência, ao financiar protestos com o objetivo de “desestabilizar o país e provocar uma guerra civil”. À época da prisão, o ministro Rodriguez Torres afirmou que o americano trabalhava para uma agência de inteligência, e recebia dinheiro de ONGs estrangeiras.

Desde a morte de Hugo Chávez, há três meses, seu herdeiro político tem feito uma série de acusações contra opositores sem apresentar provas. As teses vão desde planos para matá-lo até uma alegada sabotagem no setor de energia elétrica – que, na verdade, sofre há anos com falta de investimentos. Os Estados Unidos são um dos principais ‘inimigos externos’ apontados pelo chavismo. Para a oposição, as acusações de Maduro servem apenas para tirar o foco dos venezuelanos dos problemas do país.

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