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Tailândia: manifestantes invadem ministério para exigir saída de premiê

Primeira-ministra prorroga lei de emergência para tentar conter protestos

Por Da Redação
25 nov 2013, 20h26

Manifestantes invadiram o prédio do Ministério das Finanças da Tailândia nesta segunda-feira para exigir a renúncia da primeira-ministra do país, Yingluck Shinawatra. A ocupação é o mais recente episódio em uma das maiores crises políticas do país. No domingo, mais de 100 000 pessoas já haviam participado de manifestações na capital Bangcoc.

Os protestos são contra um projeto de lei apoiado pelo governo que pretende conceder uma anistia ao irmão da premiê, o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. Com isso, ele não precisaria cumprir os dois anos de prisão por corrupção que lhe foram impostos à revelia. Thaksin foi condenado em 2008, dois anos depois de ser derrubado em um golpe militar. Desde então ele tem vivido fora do país.

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Líderes dos manifestantes afirmam que a primeira-ministra Yingluck não passa de um fantoche do irmão. Aos gritos de “Fora Thaksin, o exército está conosco”, alguns manifestantes pediram a intervenção militar em um país que viveu dezoito golpes de Estado desde o estabelecimento da monarquia constitucional em 1932.

Após invadirem o ministério, cerca de 400 manifestantes passaram a se aglomerar em frente ao Departamento de Relações Públicas, uma ramificação do gabinete do primeiro-ministro responsável pelas publicações oficiais do governo. Em reação aos protestos desta segunda, o governo prorrogou a vigência de uma lei emergencial de segurança que inclui interdição de ruas e imposição de toque de recolher.

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As manifestações evidenciaram a profunda divisão no país. Yingluck Shinawatra foi eleita em 2011, com apoio da população rural. A maior parte dos apoiadores de seus adversários está nas áreas urbanas e integra a classe média. Em 2010, milhares de partidários de Thaksin ocuparam o centro da capital durante dois meses para exigir a saída do governo dirigido pelo chefe do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva. A crise resultou em noventa mortes. Quase 2.000 pessoas ficaram feridas.

Nesta segunda, os Estados Unidos expressaram preocupação com o aumento da tensão política na Tailândia e pediram que governo e manifestantes resolvam as diferenças por meio do diálogo pacífico. “Nós pedimos a todos os lados que evitem a violência e respeitem o Estado de direito”, disse a porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki em comunicado. “Violência e tomada de propriedades públicas e privadas não são meios aceitáveis para resolver diferenças políticas”, acrescentou.

(Com agência France-Presse)

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