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Satélite francês localiza mais de 100 objetos no Índico

Ministro malaio confirma que alguns objetos têm mais de 20 metros. Equipes de buscas aguardam por aparelho dos EUA para tentar localizar as caixas-pretas

Por Da Redação
26 mar 2014, 07h47

Novas imagens de satélites mostram mais de 100 objetos boiando na área de buscas pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines que caiu no Oceano Índico, relata a rede CNN nesta quarta-feira. De acordo com o Ministro dos Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, alguns objetos são grandes, com mais de 20 metros de extensão. A zona de buscas pelos destroços do voo MH 370 fica a cerca de 2.500 quilômetros do porto de Perth, na Austrália, e compreende uma área do tamanho aproximado do estado do Mato Grosso.

As imagens citadas pelo ministro são de um satélite francês e são do dia 23 de março. “São novos indícios que irão ajudar diretamente na operação de busca”, disse Hussein. Além de localizar os destroços da fuselagem da aeronave, o objetivo da operação é encontrar as caixas-pretas do Boeing 777. Para isso, os investigadores contam com uma variedade de equipamentos sofisticados para sondar o Oceano Índico.

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Um avião comercial possui duas caixas-pretas: uma que registra todos os parâmetros técnicos de voo (velocidade, altitude, etc.) e outra que grava todas as conversas e sons na cabine de comando. Mesmo antes da confirmação do acidente, a Marinha dos Estados Unidos já havia enviado um sistema de rastreamento de caixas-pretas. Este detector deixou Nova York via aérea na segunda-feira rumo a Perth, onde o equipamento será “programado para seu melhor funcionamento”, segundo um funcionário americano da Defesa.

O sistema de localização é um aparelho triangular de 35 quilos, ligado a um cabo rebocado por um navio. Uma vez submerso e acionado o aparelho contém receptores que podem detectar sinais de uma caixa-preta até 6.000 metros de profundidade. “Capturar um sinal parece-me um golpe de sorte”, considerou o ex-chefe do grupo de operações de buscas marítimas do voo da Air France entre o Rio de Janeiro e Paris, que caiu no Atlântico em 2009. As caixas-pretas do Boeing 777, fabricadas pela Honeywell, emitem um sinal por 30 dias consecutivos a partir da sua imersão em água, de acordo com informações fornecidas por um porta-voz da companhia.

Um ex-investigador, que deseja permanecer anônimo, aponta que, no caso do voo Rio-Paris, os sinais não foram ouvidos. Descobriu-se mais tarde que um dos aparelhos não estava funcionando e que o outro tinha ficado danificado com o impacto e não pôde ser encontrado. “Considerando este caso, sou pessimista”, disse ele à agência France-Presse (AFP).

Sem a detecção das caixas-pretas, o próximo passo consiste em enviar sonares de varredura que mapeiem a topografia do fundo do mar para procurar anormalidades no terreno submarino. Todos os especialistas consultados pela AFP acreditam que essas operações podem durar muito tempo, “meses ou até mais”. No caso do voo Rio-Paris, foram necessários 23 meses para localizar a área e os destroços a 3.900 metros de profundidade. As buscas – suspensas na terça-feira devido ao mau tempo no sul do Oceano Índico – foram retomadas nesta quarta graças a uma melhoria das condições meteorológicas.

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O voo MH370, que viajava entre Kuala Lumpur e Pequim, desapareceu pouco depois da decolagem em 8 de março com 239 pessoas a bordo, sendo doze tripulantes e 227 passageiros. No meio do caminho entre a Malásia e o Vietnã, o avião mudou de rumo, para o oeste, em direção contrária a sua rota, e os sistemas de comunicação foram desativados “deliberadamente”, segundo as autoridades malaias. Uma das hipóteses para a queda é a de que a aeronave teria voado durante várias horas até esgotar o combustível e cair no mar.

(Com agência France-Presse)

Mapa divulgado pelo governo australiano indica as áreas de buscas

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