Quase mil pessoas morreram em ataques no Iraque em setembro
País registrou pelo menos um atentado por dia no último mês; balanço de mortes de 2013 é o pior desde 2008
Um dia após uma série de atentados que deixaram mais de 50 mortos, um relatório divulgado pela missão das Nações Unidas no Iraque aponta que 979 pessoas morreram somente no mês de setembro em ataques terroristas ou em episódios de violência no país.
O mesmo documento aponta que outras 2.133 ficaram feridas. Entre os mortos, 887 eram civis e 92, agentes de segurança.
Os números são semelhantes aos de um balanço do governo iraquiano, que apontou 971 mortes – sendo 86 de militantes extremistas que foram abatidos pelas forças de segurança.
A cifra é um pouco inferior ao de julho, quando 1.057 pessoas foram mortas. Em agosto, o número chegou a 804.
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Já no acumulado de 2013, só na contagem de vítimas civis, o número passa de 6.000. É a confirmaação da degradação da situação de segurança no país e a volta ao nível de violência que costumava ser visto cinco anos atrás – em 2008, quase 7.000 civis foram mortos em todo o país.
O representante da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, qualificou os números como alarmantes e conclamou as facções políticas iraquianas a unirem forças. “Enquanto terroristas atacam iraquianos indiscriminadamente, conclamo todos os líderes políticos do país a unirem forças na promoção do diálogo nacional e da reconciliação”, diz ele na nota da Missão da ONU.
Horas antes da divulgação dos números, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante Levante (EIIL), uma organização vinculada à rede Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelos treze carros-bomba detonados na segunda-feira em bairros xiitas de Bagdá. A ação provocou a morte de 55 pessoas.
Nesta terça-feira, em Tikrit, um atentado contra a sede da polícia da província de Saladino deixou sete policiais feridos.
(Com Estadão Conteúdo e France-Presse)