Em meio à tensão manifestada neste sábado em confrontos entre milícias nacionalistas e pró-Rússia, o governo interino da Ucrânia prometeu realizar uma eleição presidencial limpa no domingo, que reforce legitimidade do regime político da ex-república soviética e mostre ao mundo que o país não teme a interferência do Kremlin. As autoridades eleitorais temem, no entanto, que o clima de violência impeça muitas pessoas de votar.
Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin disse que respeitará a escolha dos ucranianos e que trabalhará com as novas autoridades. “Moscou quer estabilidade”, disse.
As potências ocidentais ameaçam com novas sanções se Moscou impedir a realização da votação e Putin disse sexta-feira que as medidas dos Estados Unidos e da União Europeia estavam afetando a economia russa.
Confrontos – Na região leste, onde pelo menos 20 pessoas morreram nos últimos dias, separatistas afirmam que não reconhecerão uma eleição organizada pelas autoridades de Kiev, que segundo eles, tomaram o poder em um golpe respaldado pelo Ocidente.
Um correspondente da Reuters viu dois corpos, após cerca de três horas de combate na manhã deste sábado entre forças ucranianas de autodefesa e separatistas, em torno de um posto de controle em uma área rural da cidade industrial de Donetsk.
Combatentes a favor de Kiev fizeram uma declaração no Facebook dizendo que quatro de seus homens foram mortos e nove foram feridos.