Processo de jornalista contra DSK chega à Procuradoria
Cabe ao órgão decidir se o caso já prescreveu ou se pode ser levado à Justiça
O processo aberto pela jornalista francesa Tristane Banon contra o ex-chefe do FMI Dominique Strauss-Kahn por tentativa de estupro passou nesta segunda-feira às mãos da Procuradoria francesa, informaram fontes da polícia.
Entenda o caso
- • A jornalista francesa Tristane Banon acusa Dominique Strauss-Kahn de tentativa de estupro quando o entrevistava para um livro em 2003, quando ela tinha 23 anos.
- • A primeira vez que ela falou sobre o caso foi em 2007, a um programa de TV, e desde então o caso havia sido esquecido – segundo ela, a pedido de sua mãe, colega de partido de DSK.
- • Quatro anos depois, Tristane decidiu reavivar a história, aproveitando-se do processo movido pela camareira de um hotel de luxo de Nova York, que dizia ter sido atacada por Strauss-Kahn.
- • O caso nos Estados Unidos foi arquivado por falta de provas e DSK pode voltar para a França, onde agora precisa enfrentar a Justiça nesta nova acusação, enquanto processa a jornalista por calúnia.
Leia mais no Tema ‘Strauss-Kahn na Justiça’
Após receber o relatório da polícia judiciária, cabe ao órgão agora decidir se os fatos, que segundo Tristane ocorreram em 2003, prescreveram – o que levaria ao arquivamento do caso – ou se o processo pode ser conduzido a um juiz de instrução.
Strauss-Kahn e a jornalista chegaram a fazer uma acareação na polícia – a pedido dela – no último dia 29 de setembro, na qual Tristane manteve a acusação, enquanto ele sustentou que os fatos denunciados são “imaginários”.
Tristane diz ter certeza de que teria sido violentada por DSK, como é conhecido na França, caso não tivesse fugido. O político, por sua vez, nega todas as acusações e já abriu processo contra a jornalista por calúnia.
O novo processo mancha ainda mais a figura de Strauss-Kahn, que recentemente se viu envolvido em um escândalo nos Estados Unidos, onde a camareira de um hotel de luxo também o acusou de crimes sexuais. Este caso, no entanto, foi arquivado por falta de provas e credibilidade da vítima.
(Com agência EFE)