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Presidente da Líbia atribui ataque à embaixada americana à Al-Qaeda

Em entrevista à rede de TV árabe Al-Jazeera, Mohamed al-Magarief defende que atentado teve motivações vingativas e não religiosas

Por Da Redação
15 set 2012, 19h12

Neste sábado, o presidente líbio Mohamed al-Magarief deu sua primeira entrevista após o ataque à embaixada americana na cidade de Bengazi que resultou na morte de quatro americanos, entre eles o embaixador Christopher Stevens. À rede de televisão árabe Al-Jazeera, Magarief atribuiu o atentado à Al-Qaeda, uma vez que o tipo de armamento usado só seria acessível a grupos extremistas com recursos abundantes. No começo da semana, o presidente já havia reconhecido que seu o governo não tem controle sobre o tráfico de armas no país e se encontra impotente diante da ação de grupos radicais.

A onda de protestos anti-americanos que atingiu 20 países muçulmanos nesta semana teve origem na divulgação de um vídeo vídeo satírico sobre o profeta Maomé produzido, ao que tudo indica, pelo americano Nakoula Basseley Nakoula. O presidente líbio afirmou, no entanto, que a ação na Líbia teve outras motivações. “Foi um ato de vingança sem nenhuma ligação com causas religiosas.”

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Investigações – Ainda segundo a Al-Jazeera, a polícia líbia investiga os responsáveis pelo atentado. O porta-voz do exército Ahmed Faraj disse que as autoridades têm se dedicado a analisar imagens captadas por câmeras de segurança na quarta-feira. Cinco pessoas foram presas na quinta-feira, segundo a agência Reuters.

Segurança – A vulnerabilidade da segurança na embaixada americana na Líbia é apontada por especialistas como uma das causas do atentado. O canal de TV americano CNN ouviu Jamal Mabrouk, oficial de segurança ligado ao governo líbio, que afirma ter avisado os diplomatas sobre a falta de infraestrutura e pessoal especializado. “A situação é assustadora”, teria dito Mabrouk em reunião recente na embaixada.

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A CNN reporta que o quarto onde o corpo do embaixador foi encontrado estava protegido apenas por barras de ferro na porta e nas janelas, que foram facilmente arrombadas por membros da equipe de resgate. Os seguranças pessoais de Stevens o teriam abandonado no momento do ataque.

Segundo o centro de análises geopolíticas Stratfor, o maior erro foi ter instalado a embaixada americana na Líbia oriental, local de forte concentração de militantes islâmicos, perseguidos durante o regime de Muammar al-Gaddafi.

Além do local, a infraestrutura da embaixada não estava de acordo com as medidas de segurança necessárias. O prédio estava situado dentro de um condomínio e foi alugado como uma medida provisória, até a construção da sede definitiva do governo americano em Bengazi. A construção é igual a qualquer outra residência no país e não possuía equpamentos contra ataques com explosivos, como paredes e janelas reforçadas. A demora na construção da sede, diz o Stratfor, é reflexo da burocracia do governo americano.

Finalmente, os funcionários da embaixada não teriam o treinamento adequado, o que tornaria o embaixador vulnerável ao vazamento de informações sigilosas sobre sua rotina.

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