Presidente da Líbia atribui ataque à embaixada americana à Al-Qaeda
Em entrevista à rede de TV árabe Al-Jazeera, Mohamed al-Magarief defende que atentado teve motivações vingativas e não religiosas
Por Da Redação
15 set 2012, 19h12
Veja.com (Veja.com/VEJA.com)
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1/30 Manifestantes protestam perto da embaixada americana em Sanaa (Iêmen) contra filme que ironiza profeta Maomé (Khaled Abdullah/Reuters/VEJA)
2/30 Crianças brincam em meio às barricadas de fogo durante protesto de muçulmanos em Rawalpindi, no Paquistão, em protesto contra o filme anti-islâmico (Aamir Qureshi/AFP/VEJA)
3/30 Paquistanês protestas queimando pneus em Rawalpindi, nesta sexta-feira. Cinemas no país foram queimados (AAMIR QURESHI / AFP/VEJA)
4/30 Manifestantes queimam bandeira dos EUA em Calcutá, na Índia contra filme que ironiza Maomé (Dibyangshu Sarkar/AFP/VEJA)
5/30 Manifestante queima as bandeiras americana e israelense durante protesto, na Índia, contra o filme anti-Islã americano que tem gerado protestos muçulmanos em todo o mundo (Fayaz Kabli/Reuters/VEJA)
6/30 Manifestantes durante protesto contra o filme que satiriza os mulçumanos em Peshawar, Paquistão (Khuram Parvez/Reuters/VEJA)
7/30 Destroços do veículo que levava 12 trabalhadores estrangeiros e sofreu um ataque suicida deixando 10 mortos em Cabul, Afeganistão (Massoud Hossaini/AFP/VEJA)
8/30 Manifestantes preparam caricatura do presidente Obama para incendiá-la em Cabul, Afeganistão (Massoud Hossaini/AFP/VEJA)
9/30 Protesto anti-EUA de seguidores do Hezbollah em Beirute, Líbano (Hasan Shaaban/Reuters/VEJA)
10/30 Policial atira latas de gás lacrimogênio para conter protestos em frente à embaixada americana em Jacarta, Indonésia (Beawiharta/Reuters/VEJA)
11/30 Manifestantes em protesto anti-EUA seguram cartazes com os dizeres "Nós respeitamos todas as religiões" em Bangcoc, Tailândia (Christophe Archambault/AFP/VEJA)
12/30 Advogados protestam contra o filme que satiriza os mulçumanos em Lahore, Paquistão (Arif Ali/AFP/VEJA)
13/30 Garotas seguram poster com os dizeres "Seja agressivo pelo profeta de Deus" em Amã, Jordânia (Muhammad Hamed/Reuters/VEJA)
14/30 Manifestantes durante protesto contra o filme que satiriza os mulçumanos em Jacarta, Indonésia (Beawiharta/Reuters/VEJA)
15/30 Barricada de blocos de concreto é montada em frente à embaixada americana no Cairo (Khaled Elfiqi/EFE/VEJA)
16/30 Nakoula Basseley é interrogado em Los Angeles (Bret Hartman/Reuters/VEJA)
17/30 Manifestantes ajudam homem ferido durante conflitos nesta sexta-feira (14), perto da praça Tahir, no Cairo, capital do Egito. Eles protestavam contra filme considerado ofensivo ao Islã (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
18/30 Manifestantes durante conflitos nesta sexta-feira (14), perto da praça Tahir, no Cairo, capital do Egito. Eles protestavam contra filme considerado ofensivo ao Islã (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
19/30 Confrontos entre manifestantes e policiais na frente da embaixada dos Estados Unidos no centro do Cairo, no Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
20/30 Confrontos entre manifestantes e policiais na frente da embaixada dos Estados Unidos no centro do Cairo, no Egito, deixaram pelo menos 13 feridos (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
21/30 Manifestantes escalam a grade do portão da embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, capital do Iêmen. Dezenas protestam contra o filme "A inocência dos muçulmanos", que ridiculariza o profeta Maomé (Mohamed al-Sayaghi/Reuters/VEJA)
22/30 Centenas de manifestantes invadiram a embaixada dos Estados Unidos em Sana, no Iêmen, nesta quinta-feira (13) (Yahya Arhab/EFE/VEJA)
23/30 Centenas de manifestantes invadiram a embaixada dos Estados Unidos em Sana, no Iêmen, nesta quinta-feira (13) (Khaled Abdullah/Reuters/VEJA)
24/30 Manifestantes quebram janela da Embaixada dos EUA no Iêmen em protesto a vídeo considerado ofensivo (Yahya Arhab/EFE/VEJA)
25/30 Centenas de manifestantes invadiram a embaixada dos Estados Unidos em Sana, no Iêmen, nesta quinta-feira (13) (Khaled Abdullah/Reuters/VEJA)
26/30 Centenas de manifestantes invadiram a embaixada dos Estados Unidos em Sana, no Iêmen, nesta quinta-feira (13) (Mohammed Huwais/AFP/VEJA)
27/30 Manifestantes seguram uma bandeira com os dizeres "O único Deus é Alá e seu profeta é Maomé" durante protesto na embaixada americana em Sana, no Iêmen (Yahya Arhab/EFE/VEJA)
28/30 Manifestantes quebram janela da Embaixada dos EUA no Iêmen em protesto a vídeo considerado ofensivo (Hani Mohammed/AP/VEJA)
29/30 Confrontos entre manifestantes e policiais na frente da embaixada dos Estados Unidos no centro do Cairo, no Egito, deixaram pelo menos 13 feridos (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
30/30 Manifestantes e policiais se enfrentam perto da embaixada americana no Cairo (Egito) (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
Neste sábado, o presidente líbio Mohamed al-Magarief deu sua primeira entrevista após o ataque à embaixada americana na cidade de Bengazi que resultou na morte de quatro americanos, entre eles o embaixador Christopher Stevens. À rede de televisão árabe Al-Jazeera, Magarief atribuiu o atentado à Al-Qaeda, uma vez que o tipo de armamento usado só seria acessível a grupos extremistas com recursos abundantes. No começo da semana, o presidente já havia reconhecido que seu o governo não tem controle sobre o tráfico de armas no país e se encontra impotente diante da ação de grupos radicais.
A onda de protestos anti-americanos que atingiu 20 países muçulmanos nesta semana teve origem na divulgação de um vídeo vídeo satírico sobre o profeta Maomé produzido, ao que tudo indica, pelo americano Nakoula Basseley Nakoula. O presidente líbio afirmou, no entanto, que a ação na Líbia teve outras motivações. “Foi um ato de vingança sem nenhuma ligação com causas religiosas.”
Investigações – Ainda segundo a Al-Jazeera, a polícia líbia investiga os responsáveis pelo atentado. O porta-voz do exército Ahmed Faraj disse que as autoridades têm se dedicado a analisar imagens captadas por câmeras de segurança na quarta-feira. Cinco pessoas foram presas na quinta-feira, segundo a agência Reuters.
Segurança – A vulnerabilidade da segurança na embaixada americana na Líbia é apontada por especialistas como uma das causas do atentado. O canal de TV americano CNN ouviu Jamal Mabrouk, oficial de segurança ligado ao governo líbio, que afirma ter avisado os diplomatas sobre a falta de infraestrutura e pessoal especializado. “A situação é assustadora”, teria dito Mabrouk em reunião recente na embaixada.
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A CNN reporta que o quarto onde o corpo do embaixador foi encontrado estava protegido apenas por barras de ferro na porta e nas janelas, que foram facilmente arrombadas por membros da equipe de resgate. Os seguranças pessoais de Stevens o teriam abandonado no momento do ataque.
Segundo o centro de análises geopolíticas Stratfor, o maior erro foi ter instalado a embaixada americana na Líbia oriental, local de forte concentração de militantes islâmicos, perseguidos durante o regime de Muammar al-Gaddafi.
Além do local, a infraestrutura da embaixada não estava de acordo com as medidas de segurança necessárias. O prédio estava situado dentro de um condomínio e foi alugado como uma medida provisória, até a construção da sede definitiva do governo americano em Bengazi. A construção é igual a qualquer outra residência no país e não possuía equpamentos contra ataques com explosivos, como paredes e janelas reforçadas. A demora na construção da sede, diz o Stratfor, é reflexo da burocracia do governo americano.
Finalmente, os funcionários da embaixada não teriam o treinamento adequado, o que tornaria o embaixador vulnerável ao vazamento de informações sigilosas sobre sua rotina.
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