Praia em Fukushima é reaberta em meio a protestos

Japoneses organizaram manifestações contra a reabertura de usinas nucleares

Por Da Redação
16 jul 2012, 05h55

Japoneses pedem para o país abandonar a energia nuclear (Yoshikazu Tsuno/AFP/VEJA)

Um ano e quatro meses depois do terremoto seguido de tsunami que causou o pior acidente nuclear da história do Japão, uma praia na localidade de Iwaki, a 65 quilômetros da usina de Fukushima, obteve nesta segunda-feira a autorização do governo para reabrir durante o verão no hemisfério norte.

Trata-se da primeira praia da região a ser reaberta ao público desde o acidente, em março do ano passado. Para marcar a ocasião, três guias turísticos locais tomaram um banho de mar na praia de Nokoso, que teve ainda uma apresentação musical de partidas de vôlei de praia, segundo a agência Kyodo.

Protestos – Enquanto isso, na capital Tóquio, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas nesta nesta segunda-feira para pedir o fim da utilização da energia nuclear no país, cujo governo anunciou recentemente a reabertura de usinas fechadas desde o acidente em Fukushima.

Segundo os organizadores, cerca de 170.000 pessoas protestaram perto do parque Yoyogi, no sudoeste da cidade, bem acima das 100.000 que haviam sido previstas pela organização. “Não precisamos de energia nuclear, que nos devolvam a região de Fukushima!”, gritavam os manifestantes, que agitavam bandeiras de diferentes cores, segundo sua cidade de origem.

No início deste mês, o governo japonês anunciou a retomada as atividades atômicas. Após o acidente em Fukushima, o Japão desligou progressivamente os 54 reatores nucleares do país por motivos de segurança ou para cumprir as revisões estipuladas por lei. A demanda por energia, porém, levou o país a religar dois reatores, o que desagrada parte da população.

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(Com agência France-Presse)