Pacote enviado a gabinete de Merkel tinha explosivos

Era uma das várias cartas-bomba enviadas a cinco embaixadas em Atenas

Por Da Redação
2 nov 2010, 16h53

Policiais bloqueiam ruas próximas ao Parlamento grego, em Atenas (Angelos Tzortzinis / AFP/VEJA)

Um pacote que foi interceptado pela polícia alemã nesta terça-feira no gabinete da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, continha explosivos e é parte das cartas-bomba enviadas a cinco embaixadas em Atenas, na Grécia, afirmou o Ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere.

O ministro disse que encomenda foi enviada da Grécia para o gabinete de Merkel e que o artefato explosivo foi construído da mesma maneira que a bomba que explodiu nesta terça na Embaixada da Suíça em Atenas. Também estavam em risco as embaixadas da Rússia, do Chile, da Bulgária e da Alemanha.

Merkel não estava no gabinete no momento em que o pacote foi encontrado – a chanceler está em visita oficial à Bélgica. O pacote suspeito foi identificado durante operação de rotina de inspeção da correspondência.

Onda de ataques – Na segunda-feira, uma carta-bomba explodiu numa agência dos correios em Atenas, ferindo sem gravidade um funcionário. A polícia grega prendeu dois suspeitos de portarem outras duas bombas, destinadas ao presidente da França, Nicolas Sarkozy, e à embaixada belga. A polícia também interceptou na segunda-feira uma terceira bomba encontrada em outra empresa de correios, destinada à embaixada holandesa.

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A polícia suspeita que a onda de atentados esteja ligada a guerrilhas de esquerda gregas. Ataques com bombas pequenas e botijões de gás são freqüentes na Grécia desde 2008, quando a morte de um adolescente pela polícia deflagrou os levantes mais graves do país em décadas.

(Com agências Estado e Reuters)