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Oposição promete continuar unida contra Hugo Chávez

Reeleito, caudilho telefonou ao rival Henrique Capriles e voltou a convidar a oposição a manter um inédito diálogo com o governo, o que Chávez jamais fez

Por Da Redação
9 out 2012, 01h33

A oposição venezuelana, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), reiterou nesta segunda-feira que vai continuar unida, seguirá trabalhando para construir “uma alternativa”‘ para o país e se mostrou disposta a manter um diálogo com Hugo Chávez sempre que for respeitada e reconhecida como interlocutora.

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“Há um caminho, certamente, e a unidade é esse caminho”, disse em entrevista coletiva o secretário-geral da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, após a derrota sofrida neste domingo pelo candidato Henrique Capriles, que conquistou 44,39% dos votos contra 55% de Chávez, reeleito até 2019.

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“O único risco que podemos correr é deixar de existir. Enquanto continuarmos, vamos correr os riscos normais de um debate político, inclusive o risco de ganhar, que é o meu favorito”, afirmou o porta-voz da MUD, que reúne desde partidos da esquerda radical até os liberais.

Telefonema – Nesta segunda, Chávez telefonou para Capriles e convidou a oposição ao diálogo, “respeitando as diferenças” – no discurso após a vitória deste domingo, ele já havia falado em interlocução com seus adversários políticos, um completa novidade em se tratando de um governante autoritário e que sempre trabalhou para esmagar a oposição. No Twitter, o caudilho afirmou que a conversa telefônica com o rival foi “agradável”.

A respeito do telefonema, o secretário da coalizão opositora reconheceu o valor da iniciativa, mas foi ponderado: “Um telefonema é um telefonema, isso não é um diálogo em si mesmo”, declarou.

“Vamos sempre estar dispostos ao diálogo, mas um diálogo que parta dessa base, do reconhecimento e do respeito, e com um único propósito que é a Venezuela, não vamos dialogar para jogar conversa fora”, afirmou o secretário-geral da MUD. Para Aveledo, só existirá um diálogo real se for para estabelecer “conexões de verdade, amplas, para que possam transitar de um lado para o outro”.

O chefe da campanha de Henrique Capriles, Armando Briquet, explicou que a chamada foi feita do seu telefone – Capriles não tem celular. “Pela primeira vez, Chávez o tratou por seu nome e sobrenome e Capriles respondeu dessa maneira: ‘Presidente, é a primeira vez que me chama pelo nome e sobrenome e não com insultos”, relatou o assessor.

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Segundo Briquet, Capriles pediu “respeito e reconhecimento aos 6,5 milhões de pessoas que votaram por ele” e disse que no país há uma quantidade “importantíssima de venezuelanos que não estamos conformados com a nossa situação e que queremos uma vida melhor”.

Briquet ainda relatou que Chávez disse a Capriles “que teve que sair às ruas para fazer um esforço pela campanha”, enquanto o líder opositor lhe desejou “vida longa” por conta do câncer que foi diagnosticado em junho do ano passado – e teria se espalhado, segundo fontes médicas. A versão oficial, no entanto, é de que Chávez se livrou “completamente” da doença.

Sobre o futuro político de Capriles, Briquet garantiu que não tem “nenhuma dúvida” de que ele vai continuar “lutando por todos os venezuelanos”. “Uma derrota eleitoral não é uma derrota política”, finalizou.

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(Com agência EFE)

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