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Obama pede união aos democratas para evitar mais sanções ao Irã

Foi a primeira vez que o presidente dos Estados Unidos se empenhou pessoalmente pedindo para os congressistas darem uma chance à diplomacia

Por Da Redação
16 jan 2014, 06h54

O presidente de Estados Unidos, Barack Obama, pediu na noite desta quarta-feira que os senadores democratas se unam e o apoiem para evitar novas sanções contra Irã enquanto durarem as negociações nucleares, em referência a um projeto de lei bipartidário sobre o assunto que tem grandes possibilidades de ser aprovado no Senado. Obama transferiu essa mensagem pessoalmente aos legisladores democratas, com os quais teve sua primeira reunião do ano na Casa Branca, um encontro no qual pediu união em torno dos objetivos comuns em 2014, ano marcado pelas eleições legislativas de novembro.

O projeto sobre o Irã que é discutido no Senado foi promovido pelo senador democrata Robert Menéndez e pelo republicano Mark Kirk e já reuniu o apoio de 59 legisladores, o que o deixa a um voto dos 60 necessários para ser aprovado na casa. Apesar de a Casa Branca ter ameaçado vetar essa lei, os senadores poderiam contornar esse veto se conseguirem aprovar o projeto com 67 votos favoráveis, um objetivo que não está muito distante. Nas últimas semanas, a administração Obama fez claras advertências aos legisladores democratas que apoiam um aumento das sanções contra o Irã, mas agora foi a primeira vez em que o presidente expressou pessoalmente sua posição aos senadores, com os quais não se reunia desde outubro do ano passado.

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Um dos legisladores que assistiu ao encontro na Casa Branca, o senador Jeff Merkley, afirmou que o clima geral tinha sido de “bastante apoio” à postura defendida por Obama. “O presidente falou de maneira apaixonada sobre o caminho que devemos seguir para aproveitar esta oportunidade que temos. E se o Irã finalmente não tomar as decisões necessárias, o presidente estará pronto para assinar uma lei que endureça as sanções. Mas temos que deixar que passem estes seis meses”, disse Merkley.

Nesse mesmo sentido Obama se pronunciou na última segunda-feira em entrevista coletiva, quando afirmou que se o Irã não aproveitar a “oportunidade” que a comunidade internacional está oferecendo, o governo dos EUA estará “em condições de reverter qualquer acordo provisório e iniciar uma pressão adicional para garantir que o Irã não obtenha uma arma nuclear”. Obama ressaltou ainda que “não é o momento” de aplicar novas sanções contra o Irã, mas de permitir “que os diplomatas e os especialistas técnicos façam seu trabalho”. (Continue lendo o texto)

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Bernadette Meehan, foi mais direta na semana passada ao emitir um comunicado com uma contundente advertência aos senadores democratas que apoiam novas sanções. “Se certos membros do Congresso querem que os Estados Unidos tomem ações militares, devem dizê-lo ao povo americano. Mas, não está claro porque um membro do Congresso apoiaria uma lei que talvez feche a porta da diplomacia e torne mais provável que os Estados Unidos tenham que escolher entre opções militares ou permitir que o Irã siga com seu programa nuclear”, afirmou.

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Desafios de 2014 – Em seu encontro com os senadores democratas, Obama listou os desafios mais importantes para 2014, entre os quais destacou o aumento do salário mínimo, a aprovação da reforma migratória, o fortalecimento do sistema educacional e medidas para favorecer a criação de emprego, explicou a Casa Branca em comunicado. A reunião serviu como ponto de partida para o trabalho conjunto entre o Legislativo e o Executivo. No final de 2013, acuado, Obama disse que não hesitará em usar seu poder executivo se o Congresso demonstrar inação.

No âmbito eleitoral, Obama, tem como meta em 2014 a manutenção do controle do Senado pelo seu partido, o Democrata. Com isso, ele evitaria, segundo confessou a interlocutores, “um dos seus piores pesadelos”: ver as duas Casas legislativas controladas pela oposição – atualmente, os republicanos já têm maioria na Câmara e, segundo pesquisas, devem mantê-la após as eleições de novembro.

(Com agência EFE)

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