Obama cancelou três ataques a Bin Laden, diz livro
Livro de jornalista americano retrata o presidente como indeciso e afirma que ação para matar Bin Laden só ocorreu por insistência de Hillary Clinton
O presidente Barack Obama cancelou três operações para matar Osama bin Laden e só autorizou a missão por insistência da secretária de Estado, Hillary Clinton, noticiou nesta segunda-feira o jornal britânico Daily Mail, que mostra revelações do livro “Leading from Behind: The Reluctant President and the Advisors Who Decide for Him” (em tradução livre, “Liderando pelos bastidores: o presidente relutante e os conselheiros que decidem por ele”), do jornalista Richard Miniter.
A reportagem não especifica quando foram as outras ocasiões em que Obama desistiu de ordenar a ação. De acordo com o diário, o livro retrata o presidente como indeciso e insinua que ele toma decisões sob pressão de assessores, especialmente de três mulheres: Hillary Clinton, sua principal conselheira, a assesora Valerie Jarrett, e sua mulher, Michelle Obama.
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Bin Laden foi morto por fuzileiros americanos dentro do complexo residencial onde morava em Abbotobad, Paquistão, em maio de 2011. A morte do líder da Al-Qaeda é considerada um dos principais trunfos da campanha do presidente à reeleição, em novembro.
Segundo o autor do livro, a ação para matar Bin Laden surgiu do trabalho conjunto de Hillary Clinton com Leon Panetta, então diretor da CIA e agora secretário de Defesa, e David Petraeus, chefe das forças da Otan no Afeganistão durante a ação e agora no comando da CIA. O ponto de vista de Michelle Obama foi essencial para a autorização. “Ela sabia que seu marido pagou um preço político por não parar Bin Laden antes de 11 de Setembro. Ela sabia que a presidência de Obama poderia ser mortalmente ferida se bin Laden continuasse solto”, afirma o autor do livro.