Mais de 1.000 pessoas já foram detidas por distúrbios
Só em Londres, 768 estão detidos por envolvimento em saques e depredações
Mais de 1.000 pessoas já foram presas na Grã-Bretanha, acusadas de envolvimento com o vandalismo urbano que se espalha pelo país desde sábado, segundo dados fornecidos pela polícia nesta quarta-feira. Quatro pessoas morreram em consequência da onda de violência, três delas na madrugada desta quarta-feira.
Entenda o caso
- • No dia 4 de agosto, um homem negro de 29 anos morreu após ser baleado por policiais em Londres. A polícia diz que estava tentando prender Mark Duggan quando ele reagiu, mas há versões que desmentem que a vítima estivesse armada
- • Dois dias depois, 120 pessoas se reuniram em uma marcha para protestar contra a morte de Duggan e pedir justiça. Porém, duas horas depois, gangues começaram a atacar policiais e depredar prédios, carros e bancos da cidade
- • Desde então, a onda de vandalismo se espalhou por diversos bairros de Londres e chegou até a outras cidades britânicas, com convocações feitas por meio de redes sociais na internet e mensagens de celular
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Em Londres, desde sábado, a Scotland Yard deteve 768 pessoas por atos violentos, saques e vandalismo generalizado. Delas, 167 foram formalmente acusadas na Justiça, segundo os últimos dados da polícia metropolitana, que teve 111 agentes feridos. Já na área de Manchester, foram presas 113 pessoas, outras 50 em Liverpool e 109 em West Midlands, que abrange as cidades de Birmingham e Nottingham.
Embora Londres tenha vivido uma madrugada de relativa calma após três jornadas de graves distúrbios, outras cidades britânicas registraram agitações nas últimas horas, entre elas Manchester e Liverpool, ao norte, e Birmingham e Nottingham, no centro. Em Birmingham, três pessoas morreram ao serem atropeladas por um veículo, enquanto protegiam a vizinhança. Um suspeito foi preso, mas as investigações prosseguem, de acordo com a polícia.
Marius Becker / EFE
(Com agência EFE)