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Maduro manda prender torcedores que hostilizaram equipe de beisebol cubana

Seis homens foram presos por tentar impedir os jogadores de entrar no hotel em que estão hospedados

Por Da Redação
4 fev 2014, 15h07

Fã assíduo de beisebol e fiel seguidor da ditadura dos irmãos Castro, o presidente venezuelano Nicolás Maduro transformou em uma questão de Estado a insatisfação dos moradores da Ilha de Margarita, ao nordeste de Caracas, com a participação da equipe de beisebol cubana Villa Clara no torneio Série do Caribe, realizado no país. O estopim do episódio teve início no domingo, quando 200 pessoas se reuniram para protestar contra a presença dos cubanos na ilha. Posteriormente, seis homens foram presos ao tentar impedir os jogadores de entrar no hotel em que estão hospedados. As autoridades regionais disseram que os torcedores estavam lançando objetos contra o ônibus da equipe, mas não formalizaram nenhuma acusação contra os suspeitos, que seguem detidos.

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De acordo com o jornal El País, a ordem de prender os manifestantes partiu do próprio governo venezuelano. Enquanto comemorava com aliados políticos o 15º aniversário da primeira posse de Hugo Chávez, Maduro tomou a palavra e criticou os protestos contra os cubanos. “É inadmissível que tentem agredir um grupo de esportistas. Os culpados irão para a cadeia. Já basta. Covardes mil vezes”, disse, entre aplausos dos presentes no evento. A oposição venezuelana considera uma afronta à soberania nacional a tutela exercida pela ditadura cubana sobre o governo bolivariano que teve início com Chávez, mas negou que os detidos possam ter alguma relação com o movimento político.

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A oportunidade de abafar as críticas contra seus aliados políticos, contudo, entrou rapidamente para as prioridades do governo de Maduro, que pediu ao judiciário a condenação dos seis suspeitos “com as maiores e mais severas leis que existem”. O recado do presidente pautou o discurso das demais autoridades. O governador da ilha, Carlos Mata Figuerosa, afirmou que será aplicado “todo o peso da lei contra os que promovem atos de vandalismo”. “Seremos severos”, prometeu. Já o ministro do Turismo, Andrés Izarra, classificou o protesto contra os cubanos de ação de grupos fascistas. Izarra também não deixou por menos e especulou o envolvimento de grupos opositores na ação.

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A indignação venezuelana, no entanto, traz de volta à população episódios semelhantes que foram protagonizados pela atual base governista antes da ascensão do chavismo ao poder. Durante a década de 1960, as forças bolivarianas repudiaram com violência a visita de políticos americanos à capital Caracas.

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A presença da equipe Villa Clara no torneio marca o retorno dos cubanos após mais de meio século de ausência. Em 1960, um ano depois de tomar o poder, Fidel Castro proibiu o esporte profissional na ilha e obrigou a Série do Caribe a ser extinta. O evento esportivo seria trazido de volta somente dez anos depois, mas sem a participação dos clubes cubanos.

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