Justiça francesa adia decisão sobre caso Strauss-Kahn
DSK é acusado fazer parte de esquema de prostituição em hotel Carlton de Lille
A Justiça francesa adiou nesta quarta-feira sua decisão sobre o pedido do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn de anular o processo em que é acusado de fazer parte de um esquema de prostituição no caso do hotel Carlton de Lille (na França). O Tribunal de Apelação de Douai deveria se pronunciar sobre o caso nesta quarta, mas a instância anunciou que adiará sua decisão para o próximo dia 19 de dezembro.
O Tribunal de Apelação tinha que emitir uma sentença por escrito sobre o pedido de Strauss-Kahn (conhecido por suas iniciais, DSK) e de outros acusados no escândalo desse hotel, onde eram organizadas as festas com prostitutas.
Os advogados de DSK argumentam que os juízes instrutores não foram imparciais, já que elementos do sumário foram divulgados à imprensa antes inclusive de serem incorporados ao processo. Strauss-Kahn, por sua vez, segue alegando que não sabia que as mulheres que estavam nas festas sexuais, nas quais ele participou quando estava à frente do FMI, eram prostitutas.
Em outubro, o Ministério Público já havia arquivado as acusações de estupro contra DSK, já que a prostituta que o havia denunciado não chegou a efetuar uma denúncia. E este não é o primeiro escândalo sexual envolvendo Strauss-Kahn. No ano passado, ele foi acusado de agressão sexual por uma camareira em Nova York. Ele foi libertado, mas ainda terá de enfrentar uma ação civil nos Estados Unidos. O primeiro caso provocou uma série de revelações sobre sua vida privada, convertendo-o para alguns em um “ogro sexual” e para outros em “vítima de um complô”. Strauss-Kahn reconheceu um “gosto pela libertinagem”, mas negou ter cometido qualquer ato ilícito ou violento.
(Com agência EFE)