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Governo sírio ignora a ONU. E recebe o apoio da Rússia

Chanceler russo diz que prazo de Annan para retirar tropas não acaba hoje

Por Da Redação
10 abr 2012, 09h35

O governo sírio descumpriu nesta terça-feira o prazo estipulado pelo enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para a retirada das tropas do ditador Bashar Assad das ruas. Pelo acordo, o Exército cessaria os ataques a rebeldes nesta terça, dando início a um cessar-fogo geral em até 48 horas. A atitude do ditador contou com o apoio do governo russo. Em uma visita do ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, a Moscou, a Rússia apoiou a decisão de Assad e disse que o prazo para a retirada de todas as tropas do Exército sírio das cidades não foi encerrado nesta terça-feira.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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“Neste primeiro passo, o Conselho de Segurança da ONU chamou o governo para começar a retirada das unidades militares de uma forma clara, que seja possível de ser vista, mas não retirá-las em sua totalidade’, afirmou Lavrov, em uma inédita interpretação do plano de paz proposto por Annan. “O cessar-fogo definitivo e completo deve ser cumprido por todas as partes e sob eficaz supervisão internacional”, disse o chefe da diplomacia russa em entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Síria.

Lavrov ainda garantiu que Damasco já começou a aplicar o plano de seis pontos de Annan. Antes, o ministro russo convocou os Estados Unidos e outros países ocidentais a exercerem uma pressão na oposição síria com a intenção de fazer o mesmo. “Os Estados Unidos e os outros países que têm uma influência direta sobre os grupos opositores sírios deveriam utilizar essa influência para fazer de verdade que todos deixem de disparar uns aos outros”, disse.

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Oposição – O diplomata russo também adiantou que deverá reiterar o pedido durante a reunião ministerial do Grupo dos Oito (G8), prevista para ser realizada na quarta-feira, em Washington. “Não podemos ignorar o evidente fato que as propostas de Annan não foram aprovadas por apenas uma série de grupos opositores, mas a grande maioria, incluindo o conhecido Conselho Nacional Sírio”, apontou.

Durante a entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores da Síria afirmou que Damasco já retirou as tropas que estavam em algumas províncias do país árabe, o que a oposição negou. “Já retiramos inúmeras unidades militares de muitas províncias sírias”, disse Moualem, destacando que a medida é acompanhada de um constante ‘aumento da atividade dos grupos armados’ de distintas regiões do país.

(Com agência EFE)

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