EUA e Grã-Bretanha suspendem parte de ajuda a rebeldes sírios
Decisão foi tomada depois que depósitos do Exército Sírio Livre foram dominados por frente islâmica
Por Da Redação
11 dez 2013, 20h33
Os governos de Estados Unidos e Grã-Bretanha suspenderam nesta quarta-feira parte da ajuda não letal fornecida aos grupos rebeldes sírios tidos como moderados, depois de o material ter caído nas mãos de extremistas no norte do país, perto da fronteira com a Turquia. Na região, depósitos sob o controle do Exército Sírio Livre (ESL), que tem apoio do Ocidente, foram tomados por membros da Frente Islâmica, uma nova aliança rebelde que defende a criação de uma estrutura baseada na sharia para enfrentar a ditadura de Bashar Assad.
O fato de o grupo ter conseguido capturar os depósitos coloca em dúvida as garantias dadas pelo ESL aos Estados Unidos de que nenhum material recebido cairia nas mãos de brigadas islâmicas. A decisão tomada por Washingtons e Londres evidencia ainda os problemas enfrentados pela fragmentação dos grupos que combatem o governo, que incluem forças ligadas à Al Qaeda.
A ajuda cortada inclui itens como veículos, equipamentos de comunicação, de rastreamento, geradores de energia e medicamentos. O auxílio humanitário será mantido. O ESL considerou a iniciativa de Washington e Londres apressada e equivocada. “Esperamos que nossos amigos repensem e esperem alguns dias, quando as coisas estarão mais claras”, afirmou o porta-voz do grupo, Louay Meqdad.
O Departamento de Estado americano é o responsável por enviar auxílio não letal aos rebeldes, enquanto a CIA coordena um programa secreto para armar e treinar os grupos. Não há indicação de que a suspensão anunciada nesta quarta afetará este programa, informou o jornal The New York Times. O governo americano está tentando fazer um inventário do material fornecido ao Conselho Militar Supremo, que é nominalmente responsável pelo grupo ESL.
Segundo um funcionário do governo americano citado pela agência de notícias Reuters, a decisão desta quarta-feira não deve ser mal interpretada. “Os EUA não estão lavando as mãos. Nós continuaremos comprometidos com a ajuda humanitária e com os esforços diplomáticos. Isso não representa uma mudança em nossa política de apoio à oposição moderada”. A fonte acrescentou que o trabalho agora será encontrar um meio de fornecer ajuda à oposição sem que os suprimentos caiam em mãos erradas.
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