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Espanha reconhece CNT como representante da Líbia

Otan diz que continuará com suas operações no país até quando for necessário

Por Da Redação
8 jun 2011, 11h47

Os rebeldes da Líbia avançaram em sua campanha por apoio internacional nesta quarta-feira com o reconhecimento, por parte da Espanha, do Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político da rebelião, como único representante legítimo do país.

“O governo espanhol reconhece como único representante legítimo do povo líbio o CNT”, declarou a ministra espanhola das Relações Exteriores, Trinidad Jiménez, após uma reunião com autoridades do conselho em Bengasi, cidade líbia sob poder dos rebeldes. “A Espanha quer ajudar o povo líbio, queremos um país democrático, de direito e liberdades”, acrescentou Jiménez.

“O que o governo espanhol quer é a mesma coisa que o povo líbio quer, democracia e liberdade, e é por isso que o governo espanhol vai ajudar o conselho nacional”, justificou a ministra, que também falou em destinar ajuda humanitária para os rebeldes.

O Conselho Nacional de Transição tem pedido reconhecimento diplomático e fundos para manter sua campanha contra o regime do ditador Muamar Kadafi. Antes da Espanha, França, Itália, Reino Unido, Catar, Gâmbia, Jordânia e Malta já haviam reconhecido o órgão como único representante do povo líbio. Os Estados Unidos, por sua vez, convidaram os rebeldes a abrir um escritório em Washington.

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Operações – Também nesta quarta-feira, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que manterá suas operações na Líbia pelo tempo que for preciso até alcançar seus objetivos militares. Em uma reunião em Bruxelas, os ministros de Defesa da organização firmaram um pacto de que manterão a pressão “em tudo o que for necessário”, disse o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen em entrevista coletiva.

Os ministros consideram que chegou o momento de planejar a era pós-Kadafi com um papel importante da ONU. Para eles, Kadafi deve deixar o poder, pois “perdeu qualquer legitimidade”. Na terça-feira, contudo, o ditador líbio disse que não se submeterá à pressão internacional para deixar o poder, apesar do intenso bombardeio da Otan.

Ataques – Contudo, nesta quarta, a Otan resolveu suspender temporariamente os bombardeios à Trípoli, depois de alguns dos mais pesados ataques à capital líbia desde o início das operações. Fortes explosões tinham abalado a cidade na terça-feira e no início desta quarta. Mas, depois das duas horas da madrugada, não foram ouvidos mais estouros. Segundo o governo líbio, pelo menos 31 pessoas foram mortas em 60 bombardeios contra Trípoli nos últimos dias. Esse número não pôde ser checado com fontes independentes.

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Desde 19 de março, quando começaram as incursões aéreas das potências ocidentais, o complexo residencial de Kadafi foi o principal alvo dos ataques. Nesta quarta, jornalistas puderam visitar o local, acompanhados de representantes das autoridades do país. No interior da imensa residência de Bab Al Aziziya, não restaram mais que ruínas fumegantes e prédios destruídos.

Rebeldes – Apesar da trégua da Otan, o ditador continuou a atacar postos rebeldes nesta quarta. Um porta-voz da insurgência disse que as forças pró-Kadafi haviam bombardeado a cidade de Zintam, no oeste do país.

Misrata, na mesma região, também foi alvo de ataques do governo e 14 rebeldes morreram. A cidade tem sido palco de duros combates desde o início da guerra entre as forças do regime e os opositores, em fevereiro. Segundo a rede britânica BBC, o principal comandante militar rebelde da frente no sul da cidade, Salahuddin Badi, ficou ferido nos ataques.

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(Com agências EFE, Reuters e France- Presse)

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