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Enquanto Obama resmunga, Putin prepara viagem ao Irã

Presidente americano divulga comunicado com promessas que, segundo o próprio pacto firmado com a Rússia, ele dificilmente poderá cumprir

Por Da Redação
14 set 2013, 17h25

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama voltou a dizer que a possibilidade de ação militar na Síria ainda está ‘na mesa’, mesmo após o pacto firmado com a Rússia na manhã deste sábado. “Se a diplomacia falhar, os Estados Unidos continuam preparados para agir”, disse o presidente, em comunicado feito horas após a assinatura do acordo. Contudo, a credibilidade de Obama dentro e fora de seu país em relação à política externa nunca foi tão baixa – a ponto de grande parte da população norte-americana considerá-lo “fraco e hesitante” em pesquisa divulgada na última semana. Enquanto Obama hesita, o presidente russo Vladmir Putin se move para reforçar a posição estratégica de seu país no Oriente Médio depois de sua espetacular vitória diplomática – uma vez que recaem sobre ele os méritos do acordo firmado neste sábado.

Em seu comunicado, Obama fez mais promessas: disse que a Síria será responsabilizada se não cumprir o acordo de entregar seu arsenal químico. “Eu decidi que os Estados Unidos precisam agir para deter o regime sírio do uso de armas químicas, destruir sua habilidade de usá-las e deixar claro ao mundo que não vamos tolerá-las”, escreveu o presidente.

Mas, enquanto Obama abusa da retórica, Putin parte para a ação. Depois de conseguir aprovar, em seus termos, o acordo de recolhimento de armas na Síria, o líder russo acertou uma viagem ao Irã para discutir o programa nuclear. O convite foi feito por Teerã logo após o anúncio do pacto, informou a agência de notícias iraniana Fars. A reportagem afirma ainda que o presidente iraniano Hassan Rohani acredita que a iniciativa russa na questão síria “aumenta esperanças” de que uma nova guerra na região seja evitada. Em resposta, Putin afirmou que o Irã é “um bom vizinho”.

O jornal britânico ‘Financial Times’ publicou uma análise na tarde deste sábado constatando a vitória russa nas tratativas diplomáticas. O FT ressalta que, mesmo que a Síria não cumpra o acordo de entrega de suas armas nos próximos nove meses, isso não significará que o país será imediatamente atacado. O texto prevê que uma nova reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) ocorra para votar sobre a possibilidade de uma ofensiva.

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Contudo, para o FT, mais importante que a vitória russa, o resultado dos três dias de reuniões em Genebra evidencia, pela primeira vez, o compartilhamento de informações estratégicas sobre o arsenal sírio entre o Kremlin e a Casa Branca. A combinação dos dados dos dois países serviu para que se chegasse à conclusão de que o regime de Bashar Assad possui cerca de 1000 toneladas de armas químicas em estoque.

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