Em 17 meses de revolta, 8.000 soldados sírios morreram
Segundo ONU, conflito na Síria matou 18.000 pessoas desde março de 2011
Mais de 8.000 soldados e membros das forças de segurança morreram desde o início da crise na Síria, sobretudo em combates contra os rebeldes, afirmou nesta quinta-feira o diretor do hospital militar Techrine de Damasco. No total, levando em conta soldados, desertores, rebeldes e civis, 18.000 pessoas morreram na Síria desde março de 2011, quando a revolta contra o regime de Bashar Assad começou, segundo estimativas da ONU.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Calculo que 8.000 soldados e membros das forças de segurança morreram desde o começo da crise, há 17 meses”, afirmou o médico, que tem a patente de general e pediu para não ter o nome divulgado. “Recebemos a cada dia uma média de 15 a 20 corpos de soldados e membros das forças de segurança, um número que aumenta desde o começo do ano”, completou.
“No total, 70% das vítimas militares são enviadas ao nosso hospital. O restante é dividido entre centros médicos de outras localidades”, disse. Nas últimas semanas, o combate entre o Exército e os rebeldes tem ficado cada dia mais sangrento, com centenas de mortos por dia.
(Com agência France-Presse)