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Egito: plano do Exército prevê nova Constituição e gabinete interino

Presidente Mohamed Mursi rejeita ultimato. Protestos continuam nas ruas

Por Da Redação
2 jul 2013, 18h36

O Exército do Egito tem planos de suspender a Constituição do país, dissolver o Parlamento e convocar novas eleições presidenciais se o presidente Mohamed Mursi e seus opositores não conseguirem chegar a um acordo até esta quarta-feira, quando termina o ultimato anunciado pelos militares na segunda. Mursi rejeitou o ultimato e pediu aos militares que o retirem. Uma mensagem publicada na página da Presidência no Twitter afirma que o presidente “insiste em sua compreensão sobre a legitimidade constitucional e rejeita qualquer tentativa de desvio”.

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Fontes militares disseram à rede britânica BBC que o presidente está cada vez mais “enfraquecido” e sugeriram que ele pode ser substituído por um conselho de civis e tecnocratas até que novas eleições sejam realizadas. As eleições parlamentares seriam realizadas apenas quando orientações rigorosas para a escolha de candidatos estejam em vigor, informou a agência Reuters, acrescentando que o plano ainda pode sofrer alterações, com base nos próximos acontecimentos políticos e consultas com partidos que estejam dispostos a negociar.

Em pronunciamento na TV, Mursi ressaltou que ele é o primeiro presidente democraticamente eleito no país e que as eleições foram livres e representativas do desejo popular. Ele também culpou aliados do ditador Hosni Mubarak, além de influências externas, pelos problemas do país. “O preço de preservar a legitimidade é a minha vida”.

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Os protestos continuam no país. Nesta terça-feira, no Cairo, apoiadores e opositores do governo voltaram a entrar em confronto e sete pessoas morreram. Nesta terça terminou um dos ultimatos dados ao presidente pelo grupo opositor Tamarod, que fez um chamado à desobediência civil se Mursi não renunciasse. Como a reivindicação não foi respondida, manifestantes foram até o Palácio Presidencial. Em sua conta no Twitter, o grupo opositor escreveu que o presidente não tem nenhuma opção a não ser “deixar o poder”, junto com o primeiro-ministro e os integrantes da Shura, o Senado egípcio.

Nesta segunda, depois do ultimato do Exército, um novo comunicado foi divulgado negando qualquer intenção golpista. Segundo os militares, o prazo dado para que um acordo fosse alcançado teria como objetivo apenas incentivar ações dos políticos.

(Com agência Reuters)

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