Deputada baleada no Arizona já respira sem aparelhos

Gabrielle Giffords, a deputada democrata baleada em um evento eleitoral no Arizona no último sábado, já respira sem aparelhos. Ela segue internada em estado grave.

A congressista levou um tiro a queima roupa na cabeça durante um comício realizado em frente a um supermercado em Tucson, no Arizona. Pelo menos seis pessoas morreram no ataque, entre elas um juiz federal, uma criança e três septuagenários. Outras 14 pessoas ficaram feridas, três em estado grave.

Jared Lee Loughner, de 22 anos, apontado como o autor do ataque, compareceu ontem perante a uma corte federal em Phoenix, mas não disse nada que pudesse ajudar nas investigações. Ainda não foi confirmado se o crime teria motivações políticas, porém mensagens de ódio dirigidas a Giffords foram achadas nos pertences de Loughner.

Discurso – Pesquisa telefônica feita pela CBS mostra que a maioria dos norte-americanos rejeita a opinião de que o discurso político acalorado tenha motivado o ataque. Contudo, vários políticos e comentaristas vêm dizendo que a linguagem irada e a polarização ideológica hoje comuns em alguns estados podem ter contribuído para o ataque.

Na pesquisa da CBS, 57% dos entrevistados acham que o tom político agressivo não tem relação nenhuma com o ataque, contra 32% que pensam que sim. A rejeição de qualquer ligação possível foi mais forte entre os republicanos, 69% dos quais acharam que o discurso irado não tem relação com o ataque, enquanto 19% opinaram que sim.

Entre os democratas, 49% não culparam o tom político acalorado, contra 42% que têm a opinião contrária. Entre os eleitores independentes, segundo a CBS, 56% identificaram esse vínculo e 33%, não.

A pesquisa foi feita com 673 adultos e tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

(Agência Estado)