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Dalai Lama anuncia sucessão e promete deixar o poder

Líder espirutual dos tibetanos afirma que o novo dirigente político será eleito

Por Da Redação
10 mar 2011, 08h31

O Dalai Lama também manifestou sua admiração à “notável luta não-violenta pela liberdade e a democracia” nos países do mundo árabe, como Egito e Tunísia

O Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, anunciou nesta quinta-feira que pretende entregar seu poder político a um líder “livremente eleito” pelo seu povo. O anúncio foi feito no 52º aniversário da fracassada revolta do Tibete contra a China. A mensagem, transmitida por meio de um comunicado no site do governo tibetano no exílio – sediado na cidade indiana de Dharamsala – prevê que o Parlamento mude a Constituição na próxima semana, de forma a permitir a eleição de um novo líder político.

Aos 75 anos, o Dalai Lama hoje ostenta tanto o comando religioso como a liderança política dos tibetanos, povo para o qual reivindica uma “autonomia verdadeira” dentro da China. Em seu comunicado, o líder tibetano rendeu tributo tanto aos que lutaram em 1959 contra a repressão chinesa como aos que participaram das manifestações ocorridas há três anos. Os distúrbios causaram a morte de cerca de cem pessoas e levaram a causa tibetana de volta aos holofotes no exterior.

O Dalai Lama também manifestou sua admiração à “notável luta não-violenta pela liberdade e a democracia” nos países do mundo árabe, e disse esperar que “essas mudanças inspiradoras conduzam à liberdade, à felicidade e à prosperidade genuínas de seus povos”. Depois de lamentar que os tibetanos vivam “com temor e ansiedade constantes” sob o regime chinês, ele ainda propôs que uma delegação internacional possa visitar o Tibete para comprovar a realidade de seu povo.

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‘Causa justa’ – Ao anunciar novamente a intenção de se aposentar, o Dalai Lama garantiu que não se sente “desanimado” nem pretende “se esquivar de responsabilidades”, e que seguirá fazendo sua “parte na causa justa do Tibete”. “Desde a década de 1960, manifestei que os tibetanos necessitam de um líder livremente eleito pelo povo tibetano, a quem eu possa delegar o poder. Agora, claramente chegou o momento de colocar isso em prática”. Ainda não há detalhes do processo.

Para que os tibetanos possam eleger um novo líder, a Constituição terá de ser alterada. Não é a primeira vez que o Dalai Lama anuncia que pretende se aposentar dos assuntos políticos de seu povo, mas sempre acabou adiando o afastamento porque dizia que era incentivado a continuar pelos seguidores. Desta vez, porém, ele diz que a mudança no poder vai beneficiar os tibetanos ” a longo prazo”. Ainda assim, o gabinete tibetano manifestou preocupação com a decisão do líder.

(Com agência France-Presse)

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