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Coreia do Norte rejeita proposta de diálogo sul-coreana

Pyongyang considera sugestão 'estratagema para ocultar a política voltada ao confronto'. Seul teme o lançamento de mísseis amanhã, dia em que o vizinho do Norte celebra aniversário do fundador do país, Kim Il-sung

Por Da Redação
14 abr 2013, 11h13

A Coreia do Norte descartou neste domingo a proposta de diálogo de Seul. Em uma nota publicada hoje pela agência estatal de notícias norte-coreana KCNA, Pyongyang considerou a sugestão do presidente sul-coreano, Park Geun-hye, ‘vazia’ e ‘um estratagema astuto para ocultar a política da Coreia do Sul voltada ao confronto’.

Park disse na quinta-feira passada que tinha intenção de ‘falar com a Coreia do Norte’ para melhorar o ambiente de tensão que paira sobre a península coreana por causa das intensas ameaças bélicas de parte de Pyongyang há mais de um mês. A inteligência sul-coreana considera que Pyongyang pode realizar em breve, como forma de teste, um ou vários lançamentos para comemorar o aniversário do nascimento do fundador do país, Kim Il-sung, celebrado amanhã. É a maior festividade no calendário norte-coreano, chamada o ‘Dia do Sol’.

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Até onde a Coreia do Norte pode ir?

O secretário de Estado americano, John Kerry, que se encontra viajando pela Ásia oriental, se mostrou de acordo com a proposta de Park neste domingo em Tóquio. Durante uma entrevista coletiva na capital japonesa, Kerry insistiu que é necessária uma solução pacífica para superar impasse. Kerry afirmou que seu país ‘fará o necessário para defender seus aliados Japão e Coreia do Sul das ameaças norte-coreanas’, mas disse que os Estados Unidos preferem a mesa de negociação. Através de um comunicado conjunto com Pequim, Kerry já defendeu ontem a via pacífica e a desnuclearização da península como formas de solucionar o conflito.

O endurecimento na retórica do regime comunista aconteceu no princípio de março, quando a ONU ampliou sanções contra Coreia do Norte por seu teste nuclear de fevereiro. Desde então, o regime ameaçou ininterrupta e insistentemente a Coreia do Sul e os EUA, com os quais está tecnicamente em guerra há mais de 60 anos, e condenou os exercícios conjuntos que ambos aliados realizam neste momento.

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A nota da KCNA, que reunia declarações de um porta-voz do Comitê norte-coreano para a Reunificação de Coreia, considerou que tais manobras militares, nas quais Washington incluiu aviões e navios com capacidade para efetuar ataques nucleares, são as responsáveis pelo clima de tensão vivido nestes dias. ‘Sob essas circunstâncias, é possível levar a cabo um diálogo? Esse diálogo não teria nenhum sentido’, concluiu a nota.

Em sua campanha para alimentar a incerteza na região, Pyongyang anunciou no último mês o cancelamento unilateral do cessar-fogo que pôs fim à guerra entre as duas Coreias em 1953 e que reiniciará seu programa nuclear de enriquecimento de urânio. Também suspendeu por enquanto as operações no parque industrial intercoreano de Kaesong e, segundo imagens tiradas por satélite, mobilizou, no início desta semana, mísseis de curto e médio alcance em sua costa oriental.

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(com EFE)

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