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Congresso da Venezuela abre caminho para Maduro governar por decretos

Presidente venezuelano segue à risca a cartilha do falecido caudilho Hugo Chávez

Por Da Redação
13 nov 2013, 07h44

O Congresso da Venezuela retirou na terça-feira a imunidade parlamentar de uma deputada da oposição por suspeita de corrupção, abrindo caminho para que o Partido Socialista, de situação, tenha votos suficientes para aprovar o pedido do presidente Nicolás Maduro para governar por decretos, seguindo à risca a cartilha de seu espelho, o falecido caudilho Hugo Chávez.

Maduro diz que precisa de poderes ampliados para combater a corrupção e realizar a chamada “guerra econômica”, mas críticos afirmam que o presidente pretende usar os decretos para perseguir adversários políticos.

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A parlamentar cassada María Aranguren disse que o governo forjou as acusações contra ela de peculato e conspiração para cometer crime, como parte de uma caça às bruxas para garantir o último voto que precisa. “Estão desesperados, faço uma solicitação ao governo nacional e aos poderes: “dissimulem, não sejam tão óbvios, dissimulem o que estão tentando fazer os venezuelanos ver'”, disse a deputada minutos antes da maioria governista do Congresso aprovar a perda de imunidade.

A deputada perderá o lugar no Congresso uma vez que, sem a imunidade parlamentar, será alvo de uma investigação do Ministério Público. Parlamentares governistas disseram que estavam apenas cumprindo o protocolo depois que o Ministério Público recebeu autorização da Suprema Corte para processar María Aranguren.

Inflação – O presidente venezuelano Nicolás Maduro não está satisfeito em perseguir somente os donos e gerentes de estabelecimentos que comercializam aparelhos eletrodomésticos. O mandatário afirmou nesta terça-feira que exercerá uma ferrenha fiscalização para reduzir os preços de carros, celulares, notebooks e tablets vendidos no país, em mais uma tentativa de reduzir a inflação galopante na força.

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Segundo Maduro, os empresários que obtêm lucros com a venda desses produtos estão contribuindo para a “guerra econômica” que, no discurso da propaganda bolivariana, é protagonizada pela oposição e pelo “inimigo externo”.

Os delírios de Maduro, no entanto, já começaram a prejudicar a imagem do país perante os investidores. Receosos com a real possibilidade de empresas iniciarem uma debandada para fora do país, os políticos de oposição se manifestaram.

O líder do movimento contrário a Maduro, Henrique Capriles, alertou o governo de que “a paciência tem limite”. “A produção nacional foi reduzida a níveis nunca antes vistos. Somos um país dependente das importações. Hoje, a Venezuela é o país do mercado negro”, acrescentou Capriles.

(Com agência Reuters)

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