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Chefe humanitária da ONU diz que Homs está ‘devastada’

Durante visita, Valerie Amos busca fazer um diagnóstico da situação no país

Por Da Redação
7 mar 2012, 19h03

A subsecretária geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, afirmou nesta quarta-feira que a cidade de Homs, na região central da Síria, está “totalmente devastada”. A cidade foi alvo de intensos bombardeios no último mês. Os conflitos entre o regime do ditador Bashar Assad e a oposição, que já duram 11 meses.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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A representante da organização afirma que escutou disparos durante sua visita ao principal reduto de resistência da oposição síria. Ela foi impedida de chegar a áreas ainda mantidas pela oposição, apesar da permissão do regime de Assad de ir a qualquer ponto do país.

Valerie visitou também o bairro de Baba Amr, alvo de uma grande ofensiva militar em fevereiro, ao lado da organização humanitária Crescente Vermelho, da Síria. A equipe de ajuda aguardava desde sexta-feira para conseguir entrar no bairro. As autoridades sírias haviam permitido a distribuição de ajuda e a retirada dos feridos, mas logo bloquearam a passagem.

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Após constatar que a região estava deserta, Valerie seguiu a outros bairros da cidade, incluindo Abel, onde estão mais de 450 famílias que saíram do bairro devastado. A previsão é que a enviada da ONU se encontre na quinta com o responsável do Crescente Vermelho sírio, Abdulrahman Atar, que coordena a ajuda humanitária com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Cooperação – Mais cedo, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallen, disse estar disposto a cooperar com uma delegação humanitária da ONU, depois de se reunir com Valerie Amos. “O ministro destacou o compromisso sírio de cooperar com a delegação no âmbito do respeito, da soberania e da independência da Síria e em coordenação com o ministério das Relações Exteriores”, informou a agência oficial síria Sana.

“A Síria faz todo o possível para fornecer alimentos e assistência médica aos cidadãos, apesar das sanções injustas impostas por alguns países ocidentais e árabes que afetam a população”, declarou Muallen à agência. Valerie Amos chegou a Damasco para uma visita de dois dias com o objetivo de fazer um diagnóstico da situação humanitária na Síria e determinar o que pode ser feito para satisfazer às necessidades vitais da população.

Ao menos 39 pessoas morreram nesta quarta-feira na Síria, a maioria delas neste reduto opositor, segundo apontaram grupos opositores. Os Comitês de Coordenação Local informaram em comunicado de “novos massacres” no bairro de Baba Amr, em cujas imediações as forças do regime mataram um total de 20 pessoas pertencentes a duas famílias.

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