Feridos em bombardeio em Shayahía sequer podem ser socorridos. Israel acusa o Hamas de ter recomeçado disparos
Por Da Redação
20 jul 2014, 10h48
Deviam ter sido duas horas de trégua, mas o cessar-fogo entre Israel e o Hamas não chegou a durar sequer uma hora completa. Acertada na noite deste domingo, a pedido do Hamas, a trégua previa a suspenção dos bombardeios e tiros para que fosse possível retirar mortos da região de Shayahía, na periferia da cidade de Gaza.
A Cruz Vermelha queria uma suspensão das ações militares em Gaza durante três horas, mas nem o apelo humanitário foi suficiente. Quando os bombardeios voltaram a cruzar o céu, quinze ambulâncias ainda estavam no bairro.
Israel acusa o Hamas de ter começado a disparar e, por isso, o Exército respondeu. A curta pausa permitiu fazer um novo balanço dos ataques ocorridos na manhã deste domingo: 50 pessoas foram mortas, incluindo 17 crianças, 14 mulheres e 4 idosos. Ao todo, desde o início dos conflitos que já duram treze dias, 410 pessoas foram mortas. Sem água ou luz, centenas de palestinianos fugiram descalços e de pijama, deixando um rasto de corpos queimados e desmembrados.
Na frente diplomática, os esforços continuaram em favor de uma trégua. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, é esperado neste domingo na região, enquanto uma reunião está agendada no Catar entre o presidente palestino, Mahmud Abbas, e o líder exilado do movimento islâmico Hamas, Khaled Meshaal.
O Exército de Israel anunciou a intensificação da ofensiva terrestre, lançada na quinta-feira para neutralizar os disparos de foguetes e destruir túneis subterrâneos do movimento palestino. Esse conflito, considerado o mais sangrento desde 2009 no enclave palestino, é o quarto entre o Hamas e Israel em menos de uma década.
Continua após a publicidade
O ministro das Finanças israelense, Naftali Bennett, declarou à rádio pública que os túneis escavados pelo Hamas tinham a intenção de “atacar simultaneamente de sete a oito kibutz” (aldeias cooperativas), afirmando que Israel estava “pronto para pagar um preço terrível para evitar que civis israelenses sejam vítimas desta catástrofe”.
Israel mobilizou 53.200 homens para a ofensiva. Em Gaza, 1,8 milhão de palestinos vivem em meio à extrema pobreza. A comunidade internacional tem apelado repetidamente a Israel para preservar a vida da população. A ONU aponta que mais de três quartos das vítimas são civis.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.