Capitão do Costa Concordia é mantido em prisão domiciliar
Promotoria havia pedido a transferência de Schettino para regime cautelar
Um tribunal de Florença, na Itália, decidiu nesta terça-feira que Francesco Schettino, comandante do cruzeiro naufragado Costa Concordia, continuará em prisão domiciliar. A decisão negou o pedido da Promotoria da cidade de Grosseto, que solicitava a transferência de Schettino para a prisão cautelar, na qual ele ficaria detido à espera de julgamento.
Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com mais de 4.200 pessoas a bordo quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, na noite do dia 13 de janeiro.
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que encheu de água, encalhou em um banco de areia e virou.
- • 17 mortos foram confirmados até agora.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contaminação da área do naufrágio.
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Entre outros crimes, o capitão do transatlântico que naufragou em 13 de janeiro é acusado de homicídio culposo múltiplo e abandono de embarcação. Schettino foi preso no dia seguinte ao naufrágio, mas a juíza de instrução Valeria Montesarchio decretou no dia 17 sua prisão domiciliar, por considerar que não havia risco de fuga. No entanto, quatro dias depois, a Promotoria de Grosseto recorreu da decisão da magistrada por acreditar que o capitão poderia fugir e manipular as provas. Já a defesa de Schettino pediu a anulação da prisão domiciliar e sua libertação.
Com 4.229 pessoas a bordo, entre elas 3.209 passageiros, o Costa Concordia encalhou na costa italiana depois que Schettino decidiu, supostamente sem autorização, se aproximar da ilha de Giglio e chocou o barco contra rochas, o que provocou a ruptura do casco do cruzeiro. O acidente deixou 17 mortos, cujos corpos foram retirados do navio. Outras 15 pessoas continuam desaparecidas.
(Com agência EFE)