Barcelona, o pior comprador do planeta: R$ 400 mi no lixo
O superclube catalão costuma jogar com um time formado quase todo dentro de casa. Melhor assim: quando resolve investir em contratações, custa a acertar
O trabalho do Barça com os jovens é tão bem sucedido que quase sempre dispensa a necessidade de contratar reforços antes do início de cada temporada. Ainda bem
A semifinal da Liga dos Campeões desta quarta-feira coloca frente a frente duas filosofias completamente opostas. O inglês Chelsea é famoso por gastar fortunas tirando jogadores consagrados das equipes rivais. Do outro lado, o Barcelona é considerado um modelo de como construir grandes equipes sem gastar muito dinheiro, investindo mais nas categorias de base do que nas transações milionárias. Se em muitos jogos o time inglês vai a campo sem nenhum atleta formado no clube, os catalães costumam jogar com pelo menos sete ou oito crias da própria casa. O trabalho do Barça com os jovens é tão bem sucedido que quase sempre dispensa a necessidade de contratar reforços antes do início de cada temporada. Ainda bem. Porque quando decide gastar, o supertime de Lionel Messi costuma fazer grandes trapalhadas. Apenas na última década, foram vários negócios fracassados (confira no quadro abaixo), desde a dispensa de jogadores que são comprados por fortunas poucos anos depois (como Piqué e Fábregas) até a escolha equivocada de reforços que nem sequer entram em campo com a camisa azul e grená (como o brasileiro Keirrison). Somados apenas os casos mais notórios, o Barça desperdiçou um total de 161 milhões de euros, entre investimentos que se provaram furados e gastos desnecessários. É o equivalente a quase 400 milhões de reais – valor que cobriria os gastos de La Masía, a sede das categorias de base do Barça e o local onde os talentos de Messi, Xavi e Iniesta foram lapidados, por anos e anos.