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SP-Arte abre ao público tentando esquecer a crise

Dólar alto e clima de recessão econômica podem atrapalhar negócios, mas organização diz ter 'grandes expectativas'

Por Beatriz Rosa
9 abr 2015, 18h57

Quem visita a 11ª SP-Arte, que abre as portas para o público nesta quinta-feira, pode achar que crise é uma palavra inexistente para a feira, que pela primeira vez ocupa todo o prédio da Bienal com 140 galerias, 83 delas nacionais e 57 estrangeiras, representantes de um total de dezessete países. Mas o amadurecimento do evento, que teve a sua primeira edição em 2005 com apenas 41 galerias, parece distante de garantir a eficácia de seu objetivo principal, que é o de negociar obras de arte. A crise econômica fala mais alto do que ele: este ano, vai ser difícil para a SP-Arte repetir o que fez no ano passado, quando registrou aumento de 35% em vendas e a movimentação de 157 milhões de reais, de acordo com dados da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, que oferece isenção no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em negócios realizados no evento.

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O clima é de incertezas por parte dos galeristas e o cenário desfavorável da economia exige criatividade não só dos artistas, mas também dos expositores que devem se render a jogos de negociação e descontos, ou até mesmo ao congelamento do dólar, por muitos considerado abaixo de 3 reais, para assegurar as transações. O decreto do governo de São Paulo que isenta compras de imposto vale para obras que custem até 3 milhões de reais. Peças que superarem este valor serão tributadas com percentual de 5%.

Espalhadas pelos três andares, nomes de grandes instituições de arte contemporânea, como a Gagosian Gallery e a White Cube, dividem espaço com novas galerias e artistas em ascensão, caso da sul-africana Goodman. “Queremos manter uma feira humana, em que as pessoas possam visitar os espaços e se ater a eles. Selecionamos as galerias com base na qualidade e tradição, mas damos espaço aos jovens que estão embarcando nesse mercado para estimular e ampliar a inserção desses profissionais no meio”, afirmou Fernanda Feitosa, diretora da feira, nesta terça-feira, dia da abertura para convidados. Animada com o comparecimento nesta terça, Fernanda se dizia otimista com o evento. “Estamos com grandes expectativas.”

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Destaque desta edição, o espaço dedicado à arte performática ocupa o terceiro piso e tem curadoria de Cauê Alves, que foi curador-assistente do Pavilhão Brasileiro da 56ª Bienal de Veneza, além de Juliana Moraes, professora da Belas Artes, e Marcos Gallon, da Galeria Vermelho. Ao todo, a SP-Arte, que teve autorização do Ministério da Cultura para captar 5,7 milhões de reais, dos quais obteve 1,5 milhão de reais, contará com 14 apresentações nos quatro dias de feira, uma amostra de como o evento busca fugir do status de feirão de arte. Nessa linha, será oferecida também uma agenda de debates sobre as tendências da arte e do mercado de obras. Os “Talks – Arte com Valor” acontecem no Museu de Arte Moderna (MAM), em paralelo à feira.

Em outro espaço, o “Open Plan”, instalações buscam dialogar sem interferência com a arquitetura do pavilhão. Entre as obras presentes ali estão a Residência – Escada, de Rochelle Costi, Sphère Bleue, de Julio Le Parc e How to Construct an Orange?, de Attila Csorg. Já o espaço “Solo”, inaugurado na edição de 2014, reúne galerias que apresentam obras de um único artista. A iniciativa serve como uma plataforma de pesquisa, pois facilita o acesso do público a novos nomes e estilos. Por fim, o “Showcase”, no térreo, destaca galerias em ascensão.

A 11ª SP-Arte vai até domingo, dia 12, no Pavilhão do Ibirapuera. A entrada custa 40 reais. A feira pode ser visitada das 13h às 21h, de quinta a sábado, e das 11h às 19h, no domingo.

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