Pela primeira vez na história, uma casa de leilões superou o valor de 1 bilhão de dólares (cerca de 3 bilhões de reais) em vendas em apenas três dias. O feito foi alcançado pela Christie’s, que faturou, mais precisamente, 1,4 bilhão de dólares (4,2 bilhões de reais) entre segunda e quarta-feira desta semana. Há um ano, em maio de 2014, a casa já havia registrado um faturamento imenso, de 975 milhões de dólares (pelo câmbio atual, seria algo como 3 bilhões de reais).
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Só nesta quarta, a casa de leilões movimentou 658,5 milhões de dólares (1,98 bilhão de reais) com lances como a venda de uma obra do pintor letão Mark Rothko, a No. 10, por 81,9 milhões de dólares (245 milhões de reais). O quadro de 1958, que segue a estética característica do artista de dividir a tela em cores e formas geométricas, chegou próximo do recorde pessoal de Rothko, Orange, Red, Yellow, obra leiloada na Christie’s em 2012 por quase 87 milhões de dólares (pelo câmbio atual, seria algo como 261 milhões de reais).
Mas a segunda-feira foi ainda melhor para a casa de leilões: foi quando ela faturou 705,9 milhões de dólares (2,1 bilhões de reais) com sua sessão de arte do século XX, marcada pelo recorde de Picasso, cuja tela Les Femmes d’Alger (Version ‘O’) se tornou a mais cara já vendida em leilão, ao preço de 179,36 milhões de dólares (mais de 530 milhões de reais), e pela venda de L’homme au Doigt (‘O homem que aponta’), de Alberto Giacometti, por 141,28 milhões de dólares (424 milhões de reais).
Além do Rothko vendido nesta quarta, outra estrela do leilão foi o germano-britânico Lucian Freud, cujo Benefits Supervisor Resting foi arrematado por 56,16 milhões de dólares, um recorde para o artista (168 milhões de reais). Em empate técnico com Colored Mona Lisa (‘Mona Lisa Colorida’), de Andy Warhol, a pintura se transformou na segunda obra mais cara da noite.
Outras obras de destaque leiloadas nesta quarta-feira foram Retrato de Henrietta Moraes, de Francis Bacon (47,7 milhões de dólares ou 143 milhões de reais), uma obra de grande tamanho e sem título do americano Cy Twombly (42,72 milhões de dólares ou 128 milhões de reais), e The Field Next to the Other Road, de Jean-Michel Basquiat (37,12 milhões de dólares ou 111 milhões de reais).
Além disso, outros quatro recordes individuais foram quebrados nesta noite: Bridge, de Robert Ryman (20,6 milhões de dólares ou 61,8 milhões de reais), Johanson’s Painting, de Robert Rauschenberg (18,46 milhões de dólares ou 55 milhões de reais), um díptico em homenagem a Warhol de Sturtevant (5,09 milhões de dólares ou 15 milhões de reais) e um Rudolf Stingel (4,75 milhões de dólares ou 14,25 milhões de reais).
(Com agência EFE)
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