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Para criador, ‘Breaking Bad’ acabou no momento certo

Gilligan explicou que seu método de trabalho 'orgânico' fez com que muitos personagens 'se transformassem no que queriam ser' e, no caso do protagonista, é difícil saber se é um lobo em pele de cordeiro

Por Da Redação
1 out 2013, 21h42

Após cinco temporadas repletas de drogas e cadáveres, Breaking Bad, que levou o Emmy de melhor série dramática no último domingo, se despediu dos espectadores “no momento certo”, na opinião do criador do seriado, Vince Gilligan. “É bom que não tenhamos mais de cinco temporadas. Acho que terminamos a série no momento exato. Seis são suficientes, sete seriam demais e cinco, pouco”, comentou o criador da série, apontada como uma das mais bem-sucedidas dos últimos anos na televisão.

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Breaking Bad se consolidou em um ritmo lento, mas de um modo seguro entre a devoção do público e da crítica, que deu três Emmys para seu protagonista, Bryan Cranston, por seu papel de sofrido professor de química transformado em um implacável traficante de metanfetaminas. A história de Walter White, que decide entrar para o tráfico de drogas para manter a família depois de ser diagnosticado com um câncer de pulmão, conquistou milhões de seguidores que viram ao longo de cinco anos como a criminalidade, o poder e o dinheiro obscureceram a alma do professor.

“Não era o nosso objetivo fazer com que as pessoas odiassem Walter, mas que achassem o personagem e sua viagem interessantes. À medida que a série progredia, me interessava ver se as pessoas gostariam menos do Walter mais obscuro e se continuariam interessadas nele”, explicou Gilligan. Embora seja difícil de simpatizar com o Mr. Hyde, o criador ressaltou “que ele é um personagem fascinante, mas que é cada vez mais difícil simpatizar com ele porque é um grande mentiroso”‘. “Não é só porque ele mate gente e venda drogas, mas porque acha tão fácil mentir às pessoas que ama…”, considerou o roteirista.

Apesar de levar as rédeas da história junto a uma equipe de escritores, Gilligan explicou que seu método de trabalho “orgânico” fez com que muitos personagens “se transformassem no que queriam ser” e, no caso do protagonista, seria difícil saber desde o princípio se ele era um lobo em pele de cordeiro. “É muito interessante questionar quem ele era na realidade. É uma pergunta que cada espectador tem direito a responder por si mesmo. Walter mudou ao se transformar em criminoso ou foi por causa do diagnóstico de câncer que a máscara caiu e ele se tornou o que realmente era?”, indagou o criador.

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Gilligan reconheceu que o último episódio da série deu muitas dores de cabeça à equipe criativa pela imensa pressão auto-imposta para acabar com a série no nível de uma história comparada com os Soprano, Dexter ou Mad Men. “Houve uma pressão tremenda. Este último ano foi complicado para os meus roteiristas… A parte mais difícil foi descobrir como acabaria o último episódio, levou muito tempo para pensarmos em um final”, lembrou Gilligan, que fechou o roteiro desta história em janeiro, quase dois meses antes do fim das gravações.

Enquanto inúmeras perguntas circulam na cabeça dos admiradores, Gilligan tem uma dúvida que já dura cinco anos. “Eu gostaria de saber por que as pessoas respondem de maneira tão propícia à série. Supõe-se que seja entretenimento, mas as pessoas não se entretêm apenas com explosões. Elas querem pensar. Pensar entretém e Breaking Bad está cheia de momentos que fazem a audiência pensar”, finalizou o roteirista.

(Com agência EFE)

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