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‘Jurassic World’ empolga, mas não supera o original

Novo filme da franquia de dinossauros aposta no excesso de ação e efeitos especiais para dar continuidade ao clássico de 1993

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2016, 18h05 - Publicado em 11 jun 2015, 11h53

Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, filme lançado por Steven Spielberg em 1993, pode continuar a dormir o sono dos justos no cânone do cinema. Mesmo com o avanço tecnológico, sua terceira sequência, Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, não supera o clássico dos anos 1990. Porém, justiça seja feita, sobrepujar uma elogiada obra-base, que conseguiu a façanha de ter uma boa história e ser pioneira no uso de efeitos especiais computadorizados, é uma tarefa árdua. O que Jurassic World faz com louvor é honrar a intensidade da ação e a qualidade plástica do original, além de resultar em um filme (muito) melhor que as outras duas sequências, O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997) e Jurassic Park III (2001), que respondem pelo declínio criativo da franquia.

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Assinado pelo cineasta Colin Trevorrow (Sem Segurança Nenhuma), o novo longa traz a concretização do sonho de John Hammond, personagem idealizador do parque temático repleto de dinossauros ressuscitados pelo poder da ciência. Na Ilha Nublar, na Costa Rica, milhares de turistas se divertem em uma mistura de SeaWorld e Magic Kingdom com atrações estreladas pelos grandalhões pré-históricos. Ali, é possível desde cavalgar em filhotes de dinossauros até assistir a predadores gigantescos, como o popular Tiranossauro Rex e o aquático Mosassauro, na hora do almoço.

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Porém, neste novo mundo, como diz um personagem, “ninguém está mais interessado em dinossauros”. Resgatados da extinção, os animais começam a perder o apelo junto a novos visitantes. O mesmo pode ser dito dos espectadores de 2015. Em uma época em que os efeitos especiais se aprimoram filme a filme, uma continuação do famoso Jurassic Park precisava não só de cenas espetaculares em 3D, mas de um vilão melhor que o T-Rex ou os ligeiros Velociraptors. Estes, aliás, são agora menos amedrontadores, já que adestrados por Owen, funcionário do parque vivido por Chris Pratt, que volta a emprestar seus músculos e bom humor a uma superprodução após o sucesso de Guardiões da Galáxia.

A aposta dos cientistas – e produtores — para agradar aos visitantes — e à plateia do cinema — é criar uma criatura híbrida, inédita na história, batizada de Indominus Rex. A mistura genética de diferentes dinossauros e outras espécies resulta, claro, em um ser que logo sairá do controle humano e causará uma série de estragos na ilha. Inteligente e perverso, Indominus foge de seu cativeiro e mata todo ser que se mova à sua frente. E alvo é o que não falta. Quando ele escapa, a ilha abriga mais de 20 000 turistas.

Entre os visitantes, estão os adolescentes Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson), sobrinhos de Claire (Bryce Dallas Howard), a administradora do parque. A primeira metade do filme é preenchida por dramas familiares e discussões entre os irmãos e entre Claire e Owen, que enxergam os dinossauros de maneira distinta. Enquanto ela trata os animais como produtos de laboratório, Owen os vê como seres com sentimentos, dotados de capacidades extraordinárias. As diferenças entre o casal são logo amenizadas quando ela precisa de ajuda para encontrar seus sobrinhos, que decidem se aventurar fora da área de segurança justamente no momento em que Indominus começa o seu ataque.

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O restante da trama dá pouco espaço para a relação entre os personagens, e se perde ao tentar desenvolver uma teoria conspiratória militar. Em compensação, a presença dos dinossauros como personagens ativos no roteiro constrói um arco interessante de ser visto. Os bichões deixam de ser apenas ameaças sorrateiras, para conquistar importância dramática. Exemplo disso são os raptors treinados por Owen, que são chamados pelo nome e possuem olhares até mais expressivos que os de Bryce, atriz que deixa a desejar no papel da mocinha feminista.

São mantidos do primeiro filme detalhes nostálgicos, como o portão de madeira do parque original, a sede oficial agora inativa, e os jipes usados pela equipe que fez o fracassado teste do longa de 1993. O desastre da primeira experiência, aliás, em que visitantes são mortos pelos dinos, também é citado algumas vezes, mas como um tabu, daqueles cochichados pelos cantos.

Se no passeio pela ilha, durante o primeiro filme, o medo e o suspense eram os principais chamarizes, agora um novo tom de violência contorna a história, com muito mais sangue derramado e lutas de tirar o fôlego. Contrastes que provam que nem sempre o explícito é mais chocante que o subjetivo. Mesmo assim, o entretenimento de quem se aventurar na nova jornada está garantido.

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