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Hayao Miyazaki encerra série de filmes fantásticos com ‘Vidas ao Vento’

O longa chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira já com uma indicação ao Oscar na bagagem

Por Meire Kusumoto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 fev 2014, 08h29

Foi com tristeza que os amantes de animação receberam a notícia de que o diretor japonês Hayao Miyazaki iria encerrar sua carreira para se dedicar a histórias em quadrinhos japoneses, os mangás, em setembro de 2013. Não é a primeira vez que isso acontece – Miyazaki já havia anunciado aposentadoria em 1997, mas voltou à direção em 2001 com A Viagem de Chihiro e depois ainda comandou mais três filmes. Dessa vez, porém, o diretor afirmou que a aposentadoria no cinema é para valer. Para se despedir, ele deixou o longa Vidas ao Vento, que chega nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira já com uma indicação ao Oscar de melhor filme de animação.

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Ironicamente, a produção destoa da maior parte de seus filmes, geralmente recheados de elementos fantásticos, como deuses da floresta, bruxas e animais falantes, muitos deles produtos de Miyazaki dentro do Studio Ghibli, estúdio de animação fundado por ele e Isao Takahaka em 1985. Vidas ao Vento é uma cinebiografia animada de Jiro Horikoshi, engenheiro responsável pela criação dos aviões de caça Mitsubishi A6M Zero, usados pelo exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive para o ataque a Pearl Harbor, em 1941. Parte do enredo é levemente baseada no livro The Wind Has Risen, de Tatsuo Hori.

Controverso, o filme chegou a ser criticado no Japão por retratar uma figura que se tornou responsável, ainda que não intencionalmente, por uma das maiores demonstrações de força do poderio militar japonês. Na animação, Horikoshi é mostrado como um entusiasta da tecnologia, principalmente na área de desenvolvimento de aviões, sobre a qual se debruça com incrível dedicação. Ele sabe que os aviões que planeja serão usados durante a guerra, mas o desejo de construir poderosas máquinas e de vê-las nos céus é mais forte do que qualquer sentimento de remorso ou culpa por aquilo que elas poderiam causar.

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O personagem também é retratado no âmbito familiar, principalmente após se apaixonar e se casar com Naoko, jovem que conhece durante uma viagem de trem. Absorto no trabalho na fábrica, Horikoshi nao tem tempo para a esposa, moça paciente que compreende a paixão do marido por aviões e sofre em silêncio as consequências de uma avançada tuberculose.

Vidas ao Vento encerra com maestria a relação entre o cinema e Miyazaki, que começou em 1963 e, por meio século, encheu os olhos daqueles que não perdiam seus principais trabalhos, como A Viagem de Chihiro (2001), seu único filme a levar um Oscar de animação, O Castelo Animado (2004), também indicado ao prêmio da Academia de Hollywood, e Meu Amigo Totoro (1988).

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