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‘X-Men: Apocalipse’ é um poço de decepções

Vilão fraco, roteiro batido e elenco subaproveitado fazem do filme o pior da franquia — até o momento

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 Maio 2016, 08h37

Aos fãs da franquia X-Men, uma das mais sólidas do filão de super-heróis, uma má notícia: X-Men: Apocalipse, oitavo filme da saga, é um poço de decepções. A maior delas é justamente o vilão do título, anunciado como o pior, mais malévolo, inescrupuloso e poderoso personagem até então já visto… Só que não.

Com complexo faraônico, Apocalipse, vivido por um irreconhecível Oscar Isaac, é nada mais que petulante. Ele abre o filme no Egito antigo, na região do Vale do Nilo, onde se autointitula “deus”. Reconhecido como o primeiro mutante, Apocalipse é servido por quatro cavaleiros, que também possuíam dons especiais. Um grupo de rebeldes ataca o falso deus e seus protetores durante uma troca de corpos, que permite ao vilão viver para sempre e agregar novos poderes ao se instaurar no físico de outro mutante. O quarteto de soldados morre no ataque, e Apocalipse, já em seu novo e malhado corpo, entra em uma longa hibernação.

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O filme dá um salto no tempo, até os anos 1980, quando o malvadão acorda e passa a recrutar novos cavaleiros. Com um discurso que beira a autoajuda, Apocalipse arrebanha o alado mutante Anjo (Ben Hardy), a adolescente Tempestade (Alexandra Shipp), a ambiciosa Psylocke (Olivia Munn) e um depressivo Magneto (Michael Fassbender), que vivia escondido com sua esposa e filha na Polônia após os eventos do longa anterior, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014).

Sem o tom que intimida, Apocalipse parece ser fraco em sua busca incessante por aliados – procura que gasta mais da metade do filme. Isaac e sua maquiagem horrorosa não encontram a personificação correta do personagem, aquela que se divide entre o homem sedutor e manipulador, e também assustador. Para alguém superpoderoso, quase deus, Apocalipse mal assusta crianças.

Do outro lado, em um mundo de aparente paz, professor Charles Xavier (James McAvoy) administra sua escola; Mística (Jennifer Lawrence) usa seus poderes para tirar mutantes de situações de abuso; e Fera (Nicholas Hoult) cria novas tecnologias para a possível volta dos X-Men.

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Enquanto velhos personagens mostram sua posição na história, outros, também antigos conhecidos do público, mas vividos por novos e jovens atores, são apresentados. Sophie Turner (a Sansa de Game of Thrones) assume o papel de Jean Grey; Tye Sheridan (Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi) é Ciclope; Kodi Smit-McPhee (Planeta dos Macacos: O Confronto) ganha a maquiagem azul de Noturno.

O elenco estrelado e bem ensaiado se perde nas mãos do diretor Bryan Singer, que não consegue dar o espaço adequado para o desenvolvimento de cada um em um roteiro para lá de batido. Afinal, foi-se o tempo que um filme de herói se sustentava com a reunião de personagens que tentam salvar o planeta de um vilão imortal. O longa X-Men, de 2000, que deu início à nova fase de heróis nos cinemas, trazia exatamente a mesma história – com os mesmos personagens, aliás.

Falando neles, Mística mal aparece, Wolverine (Hugh Jackman) faz uma participação bizarra e relâmpago, Magneto perde a aura de bad boy bonitão para assumir uma postura decadente. Quem consegue se destacar é Jean Grey, que reclama seu posto de protagonista, perdido com o reboot da franquia. Sophie tem todos os atributos para manter a personagem em alta. É bonita, boa atriz e já conquistou a empatia do público por sua personagem na série de fantasia da HBO. Está nas mãos da ruiva a missão de salvar não só o planeta, mas também a franquia de mutantes em filmes futuros.

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