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Primeiro dia do Lollapalooza: falhas na organização e bom show do Foo Fighters

Público enfrentou filas enormes para comprar bebida, comida e ir ao banheiro, e viu shows com problemas de som

Por Carol Nogueira
8 abr 2012, 12h36

Não deu outra. Os 75.000 frequentadores do primeiro dia do Lollapalooza no Brasil sofreram com a inexperiência da organização. No local em que aconteceu o festival, o Jockey Club de São Paulo, o público enfrentou calor e filas imensas para ir ao banheiro ou comprar comida e bebida, viu quase todos os shows transcorrer com problemas de som e ainda passou aperto para deixar o evento. Resta aos frequentadores torcer para não passar por tudo isso de novo neste domingo, segundo e último dia do evento.

Filapalooza – Para um festival que acontece a céu aberto e a partir do meio-dia, era de se esperar que a organização providenciasse locais com sombra para os frequentadores se protegerem do sol. Não havia. E pior ainda era enfrentar o calor nas filas gigantescas do festival, que começavam já na entrada. Na verdade, eram tantas filas que o evento ganhou o apelido de “filapalooza” entre os frequentadores nas redes sociais. Comprar uma água ou cerveja era sinônimo de enfrentar até três filas enormes, que atravessavam o Jockey e levavam até duas horas: uma para comprovar a maioridade, outra para comprar fichas e, finalmente, fila para fazer o pedido em algum dos quiosques de alimentação. Eram poucos os vendedores ambulantes. A água custava quatro reais, a cerveja, oito – e as fichas compradas no sábado não terão validade no domingo. Também havia filas enormes para usar um dos 1.000 banheiros químicos disponibilizados no Jockey.

Sobe o som – Depois de enfrentar as filas, podia-se assistir aos shows. No palco Butantã, o segundo principal, onde tocaram Cage the Elephant, Band of Horses e Joan Jett, o som estava baixo, falho e, às vezes, atrapalhado pelo que vazava do palco do Perry (Farrell, líder do Jane’s Addiction e fundador do Lollapalooza), tenda eletrônica vizinha em que também tocou a dupla Perryetty, formada por ele e sua mulher, Etty. No palco principal, o Cidade Jardim, em que se apresentaram O Rappa e TV On the Radio, não havia outros sons atrapalhando, mas a música estava baixa. Até mesmo no show do Foo Fighters, ficou difícil sentir o peso das três guitarras do grupo.

Mas a trupe de Dave Grohl não decepcionou e fez o possível para empolgar os fãs. Com um setlist similar ao tocado na Argentina na semana passada, Grohl alternou hits antigos, desde This is a Call, Learn to Fly e My Hero, até músicas do disco mais recente, Wasting Light, como Arlandria, Walk e Rope, as mais bem executadas. Soaram ótimos também sucessos da banda do começo dos anos 2000, como Times Like These, Best of You e All My Life, eleita para abrir o show.

Como esperado, Joan Jett subiu ao palco do Foo Fighters para cantar o hit Bad Reputation, que ela lançou em 1981, assim como fez em todos os shows desta turnê da banda pela América do Sul. No fim da música, nada de ela ir embora: o grupo emendou I Love Rock ‘n Roll, outro hit de 1981 de Joan.

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O show ainda teve espaço para firulas e experimentações, além de covers como Feel Good Hit of the Summer, do Queens of the Stone Age, e In the Flesh?, do Pink Floyd. Foi uma apresentação memorável, e que matou a sede dos fãs paulistanos, que assistiam pela primeira vez a um show da banda. O Foo Fighters já veio ao Brasil, mas tocou só no Rock in Rio, em 2001. “Prometo que não vamos demorar mais 17 anos. Vamos gravar um disco novo, e então voltamos com mais músicas legais, pode ser?”, avisou Grohl.

Confusão para deixar o Lollapalooza pela saída de emergência: só passa um por vez
Confusão para deixar o Lollapalooza pela saída de emergência: só passa um por vez (VEJA)

Saída de emergência? – No fim do show, mais problemas. A maior parte do público seguiu em direção à saída mais próxima. Quando a multidão chegou lá, encontrou um portão fechado, e membros da organização que avisavam: “essa daqui não é a saída, é a saída de emergência”.

Após certa insistência do público, a saída de emergência virou saída comum, mas passava apenas uma pessoa por vez. Irritada, a multidão começou a forçar o portão. Só meia-hora depois, os seguranças cederam e abriram de vez a saída. Como desafio final, os frequentadores ainda tiveram de andar quilômetros até os metrôs e trens próximos, ou para pegar um táxi, porque os carros não chegavam até os portões do festival, localizados em uma rua interditada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

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