A polícia identificiou no início da tarde desta sexta-feira o suspeito de ser o autor dos disparos que mataram o cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, e de seu filho, Raoni Ornellas Pires Villas Boas, de 25 anos, durante a madrugada. A informação foi confirmada pelo advogado da família e amigo pessoal de Glauco, Ricardo Handro.
Segundo informações da Polícia Civil, quatro testemunhas do crime fizeram a identificação positiva do suspeito, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos que era conhecido da família e frequentador da Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco e inspirada nos cultos do Santo Daime. “Ainda não sabemos se é mesmo o assassino”, enfatizou o advogado.
A polícia divulgou ainda que Nunes tem passagem por porte de drogas e não possui porte de arma. O delegado Arquimedes Cassão Vera Júnior, da seccional de Osasco, na Grande São Paulo, classificou Nunes como “um jovem problemático”.
Conhecido da família – Uma das testemunhas estava com a família no momento da abordagem dos criminosos mas não foi atingida. Ela reconheceu o autor dos disparos. Segundo a polícia, o suspeito teria ido se encontrar com Glauco e Raoni na noite de quinta-feira, armado. Após uma discussão, o jovem disse que iria se matar. Quando pai e filho tentaram convencê-lo a desistir da ideia, acabaram sendo atingidos por quatro tiros cada um. O suspeito teria fugido em um automóvel Gol e a A polícia agora se concentra na sua captura.
Hospital – De acordo com Rosangela Bova, gerente de enfermagem do Hospital Albert Sabin, na Lapa, zona oeste de São Paulo, o cartunista e o filho deram entrada no pronto-socorro por volta da 0h20, socorridos em carros de familiares. Nenhuma ambulância chegou a ser acionada. Segundo a SSP, quando as quatro viaturas da Polícia Militar (PM) chegaram à casa do cartunista, ele e o filho já haviam sido levados ao hospital.
Os dois chegaram em parada cardiorespiratória e com multiplasperfurações no corpo. A mulher e a filha de Glauco ficaram levemente feridas devido a pancadas na cabeça e no rosto, e estão em estado de choque.
Os corpos foram liberados pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Osasco no início da tarde. O velório deve ser reservado à família e amigos próximos, mas no enterro, que deve ocorrer no sábado, será permitido o acesso do público.