Bill Ward quer pedido de desculpas de Ozzy Osbourne

Baterista original do Black Sabbath se mostra ofendido com declarações do vocalista — e aproveita para anunciar novo disco

Por Da Redação
16 abr 2015, 18h12

**1/9** Da esquerda para a direita: Bill Ward, Ozzy Osbourne, Geezer Butler e Tony Iommi, do Black Sabbath, em evento na Califórnia, Estados Unidos, em 2011 *(Getty Images/Paul Archuleta/VEJA)*

**2/9** Com Terry Geezer Butler (à esq.), Bill Ward e Tony Iommi, se apresentou em 2005 no UK Music Hall of Fame. *(VEJA.com/Getty Images)*

**3/9** Ozzy Osbourne em show do Black Sabbath em São Paulo *(Zanone Fraissat/Folhapress/VEJA)*

**4/9** Apresentação do Black Sabbath em São Paulo *(MRossi/T4F/Divulgação/VEJA)*

Bill Ward, baterista original do Black Sabbath, divulgou um texto em sua página do Facebook em que garante não ter intenções de se reunir novamente com o grupo, exceto se Ozzy Osbourne pedir desculpas publicamente. Este é o primeiro depoimento de Ward desde fevereiro de 2012, quando anunciou que não participaria da turnê da banda por discordar dos termos do contrato oferecido a ele. Desde então, Osbourne costuma solicitar em entrevistas o retorno do antigo companheiro. Porém, em 2013, em entrevista ao jornal New York Daily News, Ozzy afirmou que o baterista não voltaria ao palco com a banda, pois estava “incrivelmente gordo” e já tivera “dois ataques do coração”. “Não quero ser responsável por sua vida”, disse na época.

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“Desde 2012, os comentários pouco precisos sobre mim me deixaram recluso e especialmente desligado emocional e espiritualmente de Ozzy”, diz Ward em seu post na rede social. “As muitas informações erradas sobre minha vida me levaram a considerar necessário responder e confrontar esses problemas. Agora, com o lançamento do novo álbum da Bill Ward Band, e os rumores dos novos projetos do Black Sabbath, quis me pronunciar honestamente e sem cinismo”, narra ele, enquanto aproveita pra revelar seu projeto solo.

“Eu gostaria que Ozzy repensasse suas opiniões e fosse sincero sobre seus pontos de vista. Como fui criticado publicamente, eu gostaria que ele mesmo se retratasse publicamente, e não através de um representante”, afirmou Ward em trecho do texto. “A decisão está com a banda. Eu sinto muita falta de tocar com eles.”

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Em novembro de 2011, Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Ward deram uma entrevista coletiva de imprensa em Los Angeles, nos Estados Unidos, para anunciar o retorno da banda, a gravação de um novo CD – o álbum 13 – e uma turnê. Meses depois, Ward se disse insatisfeito com o contrato e afirmou que queria uma nova proposta que “refletisse alguma dignidade e respeito por ele ser membro original da banda”, afirmou em carta aberta divulgada em seu site.

Ward não assinou o contrato e o resto da banda continuou sem ele. “Nós estamos tristes por descobrir pelo Facebook que Bill declinou de nossa proposta. Nós não temos escolha a não ser continuar gravando sem ele, mas a porta sempre estará aberta”, diz um comunicado da época, postado na rede social do grupo. Ward afirma que no início de 2012, ele tentou conseguir uma nova reunião, que lhe foi negada. “Permaneço fiel ao fãs e verdadeiro comigo mesmo”, diz no fim de seu novo texto.

Para as gravações do CD 13, o Black Sabbath contou com Brad Wilk, baterista das bandas inativas Rage Against the Machine e Audioslave, que esteve recentemente no Brasil, no festival Lollapalooza, onde tocou com o Smashing Pumpkins. Durante a turnê que passou pelo Brasil em outubro de 2013, o grupo recrutou Tommy Clufetos, baterista da turnê solo de Ozzy.