Bienal de SP de 2016 já tem 54 artistas confirmados
Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens anunciados destacam-se o francês Pierre Huygue, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o coletivo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström, e a sul-africana Helen Sebidi
Incerteza Viva é o título da 32ª Bienal de São Paulo, marcada para ocorrer entre 10 de setembro e 12 de dezembro de 2016. Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, na Fundação Bienal de São Paulo, o curador da edição do evento, Jochen Volz, apresentou ainda uma lista de 54 artistas e coletivos de 30 países já confirmados para a mostra, cerca de “dois terços”, afirmou, do total de participantes almejados. Entre nomes históricos e uma grande parte de criadores jovens anunciados – a maioria nascida nas décadas de 70 e 80, destacam-se o francês Pierre Huygue, presente na última Documenta 13 de Kassel, os brasileiros Gilvan Samico, Bené Fonteles, Erika Verzutti, Lais Myrrha, o coletivo Vídeo nas Aldeias e Öyvind Fahlström (que viveu na Suécia), e a sul-africana Helen Sebidi.
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Como afirmou Jochen Volz, o tema da incerteza é acolhido pela arte contemporânea e questões como a ecologia, cosmologia, destruição, aquecimento global, extinção e destruição de recursos e de propriedades foram elencadas como motivadoras do projeto da edição, que terá um total de, aproximadamente, 90 artistas (a lista completa será fechada no início de 2016). “Mais de 80% deles estão trabalhando em obras inéditas”, disse Volz. Outra aposta da 32ª Bienal será “expandir a exposição”, explicou o curador, seja articulando-a com o Parque do Ibirapuera, onde está localizado o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, a casa da Bienal, e fora dele. “Vamos apoiar projetos em qualquer lugar da cidade”, completou.
Além da mostra propriamente dita, outra iniciativa central do projeto curatorial da 32ª edição, cujo projeto está orçado em torno de 29 milhões de reais, será a realização, entre março e maio de 2016, de uma programação pública nomeada Dias de Estudo. A curadoria escolheu quatro localidades – Santiago do Chile; Acra, em Gana; Amazônia Peruana; e Cuiabá, no Mato Grosso – para promover seminários e pesquisas com artistas e criadores em torno de temas importantes para a exposição. “Serão realizadas conferências e visitas de campo”, afirmou a cocuradora Júlia Rebouças. Segundo ela, a iniciativa repercutirá, depois, em São Paulo, onde as experimentações vão ser apresentadas, em junho, para o público antes da mostra.
(Com Estadão Conteúdo)